Tesouro Direto: juros operam em direções mistas com PIB dos EUA e Congresso no radar

Mercado precifica aprovação da MP das subvenções e dados de atividade econômica nos Estados Unidos

Leonardo Guimarães

Plenário do Senado Federal (Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Plenário do Senado Federal (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Publicidade

As taxas dos títulos do Tesouro Direto operam em direções mistas nesta quinta-feira (21). O radar dos investidores tem hoje o PIB dos Estados Unidos, a política monetária da zona do euro e, no cenário local, decisões do Congresso Nacional importantes para a economia brasileira. 

Nos EUA, o PIB avançou 4,9% no terceiro trimestre ante o trimestre anterior, segundo dados divulgados hoje pelo Departamento de Comércio do país. O dado veio abaixo da expectativa de analistas, que esperavam alta de 5,2%, segundo o consenso Refinitiv. 

Na Europa, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, freou o otimismo de investidores que esperavam afrouxamento monetário agressivo nas economias desenvolvidas. Em entrevista ao jornal espanhol 20 minutos, Guindos disse que os dados mais recentes vieram “favoráveis” ao objetivo de estabilizar a inflação na meta de 2%, mas avisou que ainda é “muito cedo” para discutir cortes de juros.

Continua depois da publicidade

Por aqui, o Senado Federal aprovou, ontem, o projeto de lei de conversão para a medida provisória que altera as regras de tributação para subvenções, modalidade de incentivo fiscal concedida por estados a empresas. O texto agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

A equipe econômica do governo estima que a iniciativa possa gerar uma arrecadação de R$ 137,9 bilhões até o fim de 2027, sendo R$ 35,3 bilhões só no próximo ano.

Outra proposta importante para aumentar a arrecadação federal, o projeto de lei que tributa as apostas esportivas no Brasil pode ser votado hoje pela Câmara dos Deputados. Há um impasse sobre a retomada da regulamentação dos cassinos online, rejeitada pela bancada evangélica. 

Continua depois da publicidade

No Tesouro Direto, as taxas de prefixados caíam enquanto a de títulos de inflação avançavam. O Tesouro Prefixado 2033 pagava 10,41% na primeira atualização do dia, às 9h22, ante taxa de 10,48% ontem. A rentabilidade anual do Tesouro Prefixado 2029 caía de 10,19% para 10,16%, enquanto do prefixado para 2026 recuava de 9,65% para 9,64%. 

Já o Tesouro IPCA+ 2032 tinha rentabilidade real de 5,31% contra 5,28% na véspera. O Tesouro IPCA+ 2045 pagava 5,53% após entregar taxa real de 5,52% ontem. O juro do título de inflação com vencimento em 2055 subia de 5,47% para 5,48%. 

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta quarta-feira (21):

Continua depois da publicidade