Renda fixa

Tesouro Direto: taxa de prefixados avançam para até 11,19% com juros dos EUA e temor sobre China

Investidores temem consequências de crise no setor imobiliário chinês

Por  Leonardo Guimarães -

Enquanto a Bolsa brasileira enfrenta uma sequência inédita de quedas, as taxas dos títulos do Tesouro Direto operam, novamente, em alta nesta sexta-feira (18). A aversão ao risco ganhou força com uma notícia vinda da China.

A segunda maior empresa imobiliária do país asiático, a China Evergrande Group, entrou com o conhecido “Chapter 15” em Nova York na quinta-feira (17), medida que protege seus ativos nos Estados Unidos dos credores. O movimento causa temores de que os problemas no setor imobiliário chinês se espalhem para outras partes da economia.

O exterior ajuda a elevar as taxas no Brasil, enquanto o rendimento de títulos do Tesouro dos EUA se mantém em patamares considerados muito elevados. Ontem, o retorno das Treasuries de 30 anos subiu até 7 pontos-base, para 4,4219%, e atingiu o maior nível desde 2011. Hoje, a taxa está em 4,370%.

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No Tesouro Direto, os prefixados se destacam e pagam até 11,19%, caso do papel para 2033, que ontem entregava rentabilidade de 11,13%. A taxa do Tesouro Prefixado 2026 subia de 10,10% na sessão de ontem para 10,18% na primeira atualização desta sexta-feira, às 9h22.

Já a rentabilidade real do Tesouro IPCA+ 2029 subia de 4,93% para 4,95%, enquanto a do Tesouro IPCA+ 2045 avançava de para 5,37% para 5,39%. O Tesouro IPCA+ 2055 tinha juro real de 5,30% ante 5,29% ontem.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta sexta-feira (18):

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