Tesouro Direto: taxas de prefixados caem para até 10,09% com repercussão da inflação de agosto

As taxas dos títulos do Tesouro Direto operam em direções mistas nesta terça-feira (12). O principal assunto do dia é a inflação de agosto, que avançou 0,23% na comparação com o mês anterior e ficou abaixo da expectativa do mercado.

Com o resultado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 3,23% em 2023. Nos últimos 12 meses, o índice avançou 4,61%. O consenso de analistas estimava inflação de 0,28% no mês e 4,67% na comparação anual.

“O número é positivo para o mercado, já estamos observando que a curva de juros segue devolvendo prêmio e está caindo após a divulgação do dado”, comenta Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.

Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, acredita que o número torna possível uma aceleração do corte da Selic para 0,75 ponto percentual na reunião do Copom em dezembro, mas “hoje, o cenário-base ainda é termos mais três cortes de 0,5 p.p.”.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 era negociado a 10,09% por volta das 10h40, ante 10,19% na abertura, enquanto o papel para janeiro de 2025 recuava de 10,49% para 10,42%.

No Tesouro Direto, as taxas de prefixados recuavam. A rentabilidade do Tesouro Prefixado 2026 caía de 10,23% na abertura de ontem para 10,09% na primeira atualização do dia, às 9h24. A taxa do prefixado com vencimento em 2029 recuava de 11% para 10,93%, enquanto a do papel para 2033 caía de 11,22% para 11,20%.

Já as taxas de títulos de inflação tinham leve alta, com a rentabilidade real do Tesouro IPCA+ 2032 avançando de 5,30% para 5,31% e a do Tesouro IPCA+ 2040 subindo de 5,48% para 5,50%.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta terça-feira (12):