Na última sessão antes da decisão de juros do Brasil, as taxas de títulos públicos operam em alta nesta quarta-feira (1). O banco central dos Estados Unidos também vai anunciar sua decisão de política monetária hoje.
Por aqui, um corte de 0,5 ponto percentual na Selic, para 12,25% ao ano, já está amplamente precificado. Os investidores ficarão atentos ao comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), em buscas de pistas sobre os próximos passos da entidade.
O mercado olhará com atenção os primeiros parágrafos do documento, espaço geralmente usado pelo Comitê para falar sobre os riscos no cenário externo, que se deteriorou desde a última reunião do grupo, em outubro.
Hoje também é dia de decisão de juros nos Estados Unidos. A expectativa por lá é de manutenção dos juros básicos no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano. O anúncio do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) acontece às 15h. Logo depois, às 15h30, o presidente do Federal Reserve (o banco central dos EUA, Fed), Jerome Powell, concede entrevista coletiva. Suas palavras serão monitoradas de perto por analistas, que querem prever o rumo da política monetária norte-americana.
Na agenda de indicadores, destaque para a produção industrial do Brasil, que subiu 0,1% em setembro, após alta de 0,4% no mês anterior, de acordo com dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com setembro de 2022, o avanço da produção foi de 0,6%.
Os números vieram melhores do que o esperado pelo consenso Refinitiv de analistas, que estimava queda mensal de 0,1%. Na comparação anual, porém, a projeção era mais otimista: alta de 0,7%.
Nos EUA, o setor privado criou 113 mil vagas de emprego, segundo o Relatório Nacional de Emprego ADP, divulgado hoje pela manhã. O consenso Refinitiv projetava a criação de 150 mil postos de trabalho.
No Tesouro Direto, a taxa do prefixado mais curto, com vencimento em 2026, subia de 10,98% ontem para 11,10% no início da sessão de hoje, às 9h20. A rentabilidade do Tesouro Prefixado 2029 avançava de 11,56% para 11,66%. O movimento do juro do Tesouro Prefixado 2033 era mais tímido: saía de 11,77% para 11,80%.
Nos títulos de inflação, o juro real do Tesouro IPCA+ 2029 subia de 5,79% para 5,87%. O título com vencimento em 2035 pagava 5,81% ante 5,77% ontem. Já o rendimento real do Tesouro IPCA+ 2055 chegava a 5,97% contra 5,91% na véspera.
Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na tarde desta quarta-feira (1):
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