Tesouro Direto: taxas dos títulos públicos operam mistas com correção do dólar e commodities e de olho no IPCA-15

Prefixados oferecem até 12,32% na tarde desta segunda-feira (25)

Bruna Furlani Katherine Rivas

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As taxas dos títulos públicos operam em direção mista na tarde desta segunda-feira (25). Enquanto as taxas dos títulos prefixados de curto prazo recuam, os de longo prazo e atrelados à inflação avançam.

Flavio Serrano, economista-chefe da Greenbay Investimentos, aponta que o mercado de juros apresentou queda nesta segunda-feira (25), acompanhando o movimento de correção nos preços das commodities e do dólar – que se distanciou das máximas.

“Lá fora aumentou a preocupação dos investidores com o crescimento econômico em função do aperto monetário em diversas economias e lockdown na China”, explica.

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No radar dos investidores, Serrano destaca a divulgação do IPCA-15 na quarta-feira (27) e o relatório Focus – com o retorno das atividades dos servidores do Banco Central.

Tem ainda a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) para definir a taxa de juros Selic na próxima semana.

Dentro do Tesouro Direto, o Tesouro Prefixado 2025 apresentava queda nas taxas. O título público oferecia uma rentabilidade anual de 12,15%, inferior aos 12,20% vistos na sexta-feira (22).

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Na contramão, o Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, experimentava alta na rentabilidade. O título público oferecia um retorno anual de 12,32% às 15h20, superior aos 12,30% da sessão anterior.

O Tesouro Prefixado 2029 apresentava estabilidade nas taxas.

Nos títulos atrelados à inflação, o movimento era de alta nas taxas. A maior variação foi registrada pelo Tesouro IPCA+ 2026. O título público oferecia um retorno real de 5,39%, superior aos 5,33% vistos na semana passada.

Nos outros títulos atrelados ao IPCA, a variação era entre 3 e 4 pontos-base.

Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto que eram oferecidos na tarde desta segunda-feira (25): 

Indicadores atrasados

Com a suspensão da greve dos servidores da autarquia até 2 de maio, o Banco Central anunciou que vai divulgar amanhã (26), o Relatório Focus, às 8h30, com a publicação de todas as edições atrasadas.

Sem sinalização do governo, servidores do BC se reúnem no dia 29, às 14h para falar sobre a greve.

A intenção é definir os rumos da greve, que foi suspensa na semana passada entre os dias 20 de abril e 2 de maio. Segundo o presidente do sindicato dos funcionários do BC, até o momento, não houve sinalização do governo sobre análise da contraproposta feita pela categoria para o reajuste salarial reivindicado para este ano ou mesmo sobre nova proposta.

O líder sindical afirma que a categoria avalia o aumento de 5% estudado pelo governo insuficiente e propôs que o reajuste pedido de 27% valha a partir de julho, e não seja mais retroativo a janeiro de 2022. “Se não houver nada até sexta-feira, a gente decide a continuidade da greve.”

Relatório da Poupança

Em março, a Caderneta de Poupança teve um saque líquido de R$ 15,35 bilhões, segundo o Banco Central.

Os brasileiros tiraram R$ 327,109 bilhões – a maior desde o início da série histórica, em 1995 – e aplicaram R$ 311,753 bilhões . O país vem contando retiradas líquidas desde janeiro, quando o ocorreu o maior saque líquido da série histórica, com R$ 19,665 bilhões.

No ano, o saque líquido da Poupança está em R$ 40,371 bilhões, com o saldo final positivo se mantendo acima da marca de R$ 1 trilhão, com R$ 1,006 trilhão, o menor valor desde de setembro de 2020.

IPC-S

O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) arrefeceu a 1,47% na terceira quadrissemana de abril, após 1,84% na segunda leitura.

A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 25, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador acumula alta de 11,04% em 12 meses, menor do que o avanço de 11,45% no período até a segunda quadrissemana.

Das oito categorias de despesas que compõem o indicador, quatro desaceleraram da segunda para a terceira quadrissemana de abril, com destaque para Habitação, que arrefeceu de 1,81% para 0,61%. O item com maior influência no grupo foi tarifa de eletricidade residencial, que passou de alta de 2,30% para deflação de 2,08%.

Transportes (3,60% para 2,86%), Alimentação (1,97% para 1,82%) e Vestuário (1,19% para 1,11%) foram os outros grupos a apresentar decréscimo na taxa de variação. Nessas classes, os itens com maior peso foram gasolina (7,80% para 5,45%), hortaliças e legumes (13,29% para 11,50%) e roupas masculinas (1,36% para 1,09%). (Estadão Conteúdo)