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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda dos papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentavam leve alta nesta segunda-feira (17).
Dentre as principais notícias do dia estiveram o 16º corte seguido na projeção de crescimento do país e reduções nas expectativas para a taxa Selic neste e no próximo ano. De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta manhã, o mercado reduziu a projeção para os juros básicos da economia de 6,50% (patamar atual) para 5,75%, em 2019, e de 7% para 6,50%, em 2020.
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para discutir o rumo da Selic. Apesar dos cortes para os dois anos, a expectativa dos agentes financeiros é de que a taxa fique estável neste encontro, em 6,50% ao ano.
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Ainda segundo o Boletim Focus, a mediana das expectativas dos economistas ouvidos aponta para uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,93% em 2019, ante previsão anterior de 1%. Em 2020, a economia deverá crescer 2,20%, abaixo dos 2,23% projetados na semana anterior.
Por fim, houve um ajuste na expectativa de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2019, que mudou de 3,89% para 3,84%.
Pela manhã, as taxas dos títulos públicos foram pressionadas para baixo por conta das projeções menores para Selic e PIB. À tarde, porém, acompanharam o movimento do câmbio e encerraram a sessão com leve avanço. O papel Tesouro IPCA+ com vencimento em 2024 oferecia retorno de 3,37% ao ano (acrescido da inflação), ante 3,36% a.a. mais cedo. Já os títulos com vencimentos em 2035 e 2045 pagavam o IPCA mais 3,91% ao ano, ante 3,89% a.a. na abertura do dia.
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A alta nas taxas também era encontrada nos papéis prefixados, como o com vencimento em 2022, que oferecia retorno anual de 6,54% ante 6,50% ao ano pela manhã. O investidor podia adquirir o papel integralmente por R$ 851,38 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 34,05 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).
Nesses títulos, o investidor sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver a posição até a data de vencimento. Além disso, por terem rentabilidade predefinida, seu rendimento é nominal, ou seja, é necessário descontar a inflação para obter o retorno real da aplicação.
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Confira, abaixo, os preços e as taxas dos títulos do Tesouro Direto nesta segunda-feira:
Título | Vencimento | Taxa de Rendimento (a.a.) | Valor Mínimo | Preço Unitário | ||
---|---|---|---|---|---|---|
Indexados ao IPCA | ||||||
Tesouro IPCA+ 2024 | 15/08/2024 | IPCA + 3,37% | R$ 54,45 | R$ 2.722,68 | ||
Tesouro IPCA+ 2035 | 15/05/2035 | IPCA + 3,91% | R$ 35,15 | R$ 1.757,70 | ||
Tesouro IPCA+ 2045 | 15/05/2045 | IPCA + 3,91% | R$ 35,97 | R$ 1.199,04 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 | 15/08/2026 | IPCA + 3,42% | R$ 38,08 | R$ 3.808,47 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 | 15/05/2035 | IPCA + 3,80% | R$ 40,75 | R$ 4.075,89 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 | 15/08/2050 | IPCA + 3,98% | R$ 44,38 | R$ 4.438,19 | ||
Prefixados | ||||||
Tesouro Prefixado 2022 | 01/01/2022 | 6,54% | R$ 34,05 | R$ 851,38 | ||
Tesouro Prefixado 2025 | 01/01/2025 | 7,52% | R$ 33,47 | R$ 669,59 | ||
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 | 01/01/2029 | 7,91% | R$ 35,38 | R$ 1.179,63 | ||
Indexados à Taxa Selic | ||||||
Tesouro Selic 2025 | 01/03/2025 | Selic + 0,02% | R$ 101,55 | R$ 10.155,12 |
Fonte: Tesouro Direto
Baixo risco, liquidez e acessibilidade
O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.
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O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.
O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho. Além disso, há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, alíquota que varia de acordo com o período de investimento (tabela regressiva).
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