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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam leve queda na tarde desta quarta-feira (28).
Apesar de um cenário de maior aversão ao risco pela manhã, com o mercado monitorando o desempenho dos treasuries (títulos públicos) americanos, em busca de sinais em relação a uma possível recessão na maior economia do mundo, à tarde, a ausência de notícias fez com que os investidores prestassem mais atenção ao movimento do dólar no Brasil, no aguardo de uma possível atuação do Banco Central.
Na véspera, o BC fez uma inesperada venda de dólares à vista sem swaps reversos em resposta à disparada da moeda americana. Após ser vendido ontem a R$ 4,19 na máxima do dia – a maior cotação do ano -, o dólar encerrou o pregão em alta de 0,50%, cotado a R$ 4,15.
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No Tesouro Direto, o título atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com juros semestrais e vencimento em 2050 oferecia um prêmio anual de 3,76%, ante 3,78% a.a. na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 4.547,92 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 45,47 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).
Os títulos com vencimentos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam a inflação mais uma taxa de 3,69% ao ano, ante 3,71% a.a. mais cedo.
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Os papéis com rendimento prefixado também apresentavam leve queda em suas taxas, como o com vencimento em 2022, que oferecia um retorno de 6,21%, ante 6,22% pela manhã. Já no Tesouro Prefixado com juros semestrais e prazo em 2029, a taxa recuava de 7,45% para 7,44% ao ano.
Indexados ao IPCA | ||||||
Tesouro IPCA+ 2024 | 15/08/2024 | IPCA + 3,07% | R$ 55,75 | R$2.787,85 | ||
Tesouro IPCA+ 2035 | 15/05/2035 | IPCA + 3,69% | R$ 36,71 | R$1.835,88 | ||
Tesouro IPCA+ 2045 | 15/05/2045 | IPCA + 3,69% | R$ 38,37 | R$1.279,12 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 | 15/08/2026 | IPCA + 3,20% | R$ 37,95 | R$ 3.795,78 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 | 15/05/2035 | IPCA + 3,57% | R$ 42,18 | R$ 4.218,25 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 | 15/08/2050 | IPCA + 3,76% | R$ 45,47 | R$ 4.547,92 | ||
Prefixados | ||||||
Tesouro Prefixado 2022 | 01/01/2022 | 6,21% | R$ 34,74 | R$ 868,64 | ||
Tesouro Prefixado 2025 | 01/01/2025 | 7,20% | R$ 34,51 | R$ 690,36 | ||
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 | 01/01/2029 | 7,44% | R$ 35,43 | R$ 1.181,28 | ||
Indexados à Taxa Selic | ||||||
Tesouro Selic 2025 | 01/03/2025 | Selic + 0,02% | R$ 102,79 | R$ 10.279,98 |
Fonte: Tesouro Direto
Baixo risco, liquidez e acessibilidade
O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.
O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.
O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.
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