Tesouro Direto: confira os preços e as taxas dos títulos públicos na tarde desta quarta-feira

Em dia esvaziado de indicadores, foco das atenções recai sobre o esperado anúncio do governo relativo à liberação de recursos do FGTS

Beatriz Cutait

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SÃO PAULO – Mesmo em um dia relativamente fraco do noticiário, as taxas da maior parte dos títulos públicos vendidos por meio do Tesouro Direto, programa que possibilita sua negociação por investidores pessoas físicas por meio da internet, operam em baixa na tarde desta quarta-feira, dando sequência ao movimento dos últimos pregões.

Dentre os títulos com rendimentos prefixados, o prêmio anual do Tesouro Prefixado 2022 caía de 5,84%, nesta manhã, para 5,83%, à tarde, enquanto o retorno do Tesouro Prefixado 2025 cedia de 7,14% parta 7,13%.

Dentre os papéis com retorno indexado à inflação, houve leve ajuste para cima nas rentabilidades, mas ainda em níveis mais baixos do que os verificados ontem. O prêmio do Tesouro IPCA+ com vencimento em 2024 subia de 2,82% para 2,84% ao ano, enquanto a rentabilidade do mesmo título com prazo em 2035 passava de 3,60% para 3,61%. O investidor pode adquirir o papel integralmente por R$ 1.848,38 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 36,96 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

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O foco das atenções dos investidores hoje recai sobre o esperado anúncio do governo relativo à liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), medida que visa estimular a atividade econômica.

Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou que o governo pretende limitar o valor a ser sacado do FGTS a R$ 500 e liberar o saque não apenas para este ano, mas para os próximos também. Os saques poderão ser feitos das contas ativas e inativas e a injeção na economia deverá ser de R$ 42 bilhões. O anúncio será feito pelo presidente Jair Bolsonaro às 16h, no Palácio do Planalto.

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O mercado ainda está à espera da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na qual a taxa Selic deverá começar a cair para além dos 6,5% ao ano.

No exterior, a expectativa está sobre a reunião do Banco Central Europeu (BCE) amanhã, diante da possibilidade de o presidente da autoridade monetária, Mario Draghi, promover um ajuste na taxa de depósito, enfraquecendo o euro. 

Uma nova rodada de quantitative easing (programa de compras de títulos por um banco central para injetar dinheiro na economia) é esperada no continente para setembro e Draghi pode falar sobre o tema nesta quinta-feira.

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Confira, abaixo, os preços e as taxas dos títulos do Tesouro Direto hoje:
Título Vencimento Taxa de Rendimento (% a.a.) Valor Mínimo Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 2,84 R$ 56,12 R$ 2.806,01
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,61 R$ 36,96 R$ 1.848,38
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,61 R$ 38,93 R$ 1.297,78
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 3,06 R$ 39,03 R$ 3.903,43
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,48 R$ 42,36 R$ 4.236,66
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,64 R$ 47,08 R$ 4.708,85
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 5,83 R$ 34,84 R$ 871,04
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 6,84 R$ 34,91 R$ 698,25
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,13 R$ 35,86 R $1.195,44
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02 R$ 102,20 R$ 10.220,53

Fonte: Tesouro Direto

Balanço do Tesouro Direto de junho

Nesta tarde, o Tesouro Direto ainda divulgou seu balanço de operações de junho, que mostrou que os investidores aumentaram a procura por títulos públicos de vencimentos mais longos. Uma fatia de 16,4% das vendas no programa no período correspondeu a títulos com vencimentos acima de dez anos, a maior desde dezembro de 2018 (19,5%). Já os papéis com prazo entre cinco e dez anos representaram 80,1% do total, enquanto os títulos com vencimentos entre um e cinco anos responderam por 3,5% das vendas.

Com vendas de R$ 2,68 bilhões e resgates de R$ 1,683 bilhão, o Tesouro Direto fechou junho com emissão líquida de R$ 996,7 milhões. Se em maio os títulos mais demandados pelos investidores foram os indexados à inflação, no mês passado, a preferência ficou com o Tesouro Selic, cuja participação nas vendas atingiu 49,1%. Os títulos Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais corresponderam a 35% do total e os prefixados, a 15,9%.

Em junho, o estoque do Tesouro Direto alcançou o montante de R$ 56,9 bilhões, um aumento de 2,5% em relação a maio e de 16,6% sobre junho de 2018. Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume, de 48,2%. Em relação ao prazo, papéis com vencimentos entre cinco e dez anos correspondem a 43,9% do estoque.

Com o acréscimo de 37.898 participantes, o número de investidores ativos no Tesouro Direto chegou a 1.072.990 em junho, um crescimento de 73,2% nos últimos 12 meses.

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Beatriz Cutait

Editora de investimentos do InfoMoney e planejadora financeira com certificação CFP, responsável pela cobertura do universo de investimentos financeiros, com foco em pessoa física.