Tesouro Direto: após forte alta, taxas de títulos públicos recuam nesta terça-feira

Investidores monitoraram ata do Copom, discurso de Bolsonaro na ONU e avanço do coronavírus na Europa

Mariana Zonta d'Ávila

Imagem mostra notas de R$ 50 (Rmcarvalho/Getty Images)

SÃO PAULO – Após forte alta na véspera, os prêmios pagos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto operam em queda nesta terça-feira (22).

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O título prefixado com vencimento em 2023 pagava uma taxa anual de 4,50%, ante 4,56% ao ano na tarde de segunda-feira (21). O juro pago pelo mesmo papel com prazo em 2026, por sua vez, cedia de 7,11% para 7,05% ao ano.

Entre os papéis indexados à inflação, o prêmio pago pelo título com vencimento em 2026 tinha queda de 2,80% para 2,70% ao ano, enquanto o juro pago pelo Tesouro IPCA+2045 recuava de 4,13% para 4,04% ao ano.

No câmbio, o dólar operava em alta de 1,2% ante o real, cotado a R$ 5,46 por volta das 15h40.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta terça-feira (22):

Fonte: Tesouro Direto

Ata do Cupom

No Brasil, os investidores repercutiram hoje a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. No documento, a autoridade monetária reiterou que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para corte de juros, se houver, será pequeno.

Segundo análise da XP Macro, a ata do Copom foi neutra, repetindo em grande parte a comunicação anterior, divulgada após a decisão na quarta-feira (16). “O Comitê eliminou a parte em que discutia a limitação do forward guidance (FG) em emergentes, reforçando a confiança no mecanismo”, ressaltaram os analistas. Para a XP, o foco a partir de agora será o risco de mudança no regime fiscal.

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Ainda no âmbito doméstico, foi noticiado que o reforço para o Renda Brasil poderá vir de cortes na máquina pública.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o presidente Jair Bolsonaro tem sido aconselhado pela sua equipe a rever os custos com servidores ou condicionar o programa à aprovação de novas iniciativas. Entre elas, estaria a criação de um novo imposto.

Por aqui, os investidores também acompanharam o discurso, em vídeo, de Bolsonaro na 75ª edição da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). O presidente defendeu a atuação do governo na pandemia e falou em “campanha de desinformação” sobre Amazônia e Pantanal.

Cena externa

No ambiente internacional, os mercados repercutiram os apontamentos iniciais de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, o banco central americano, de que irá apoiar a economia por quanto tempo for necessário.

Durante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA, nesta terça-feira, Powell disse que a economia americana mostrou “melhora acentuada” desde que a pandemia de coronavírus levou o país a uma recessão a partir de março.

Destacando a recuperação nos empregos e gastos das famílias desde a crise econômica, Powell afirmou que os EUA ainda permanecem longe de onde estavam e que “o caminho à frente continua sendo altamente incerto”.

Outro assunto no radar foi o avanço do coronavírus na Europa, onde foram registrados 300 mil casos na última semana.

A segunda onda de contaminação, na França, Espanha, Alemanha e Reino Unido pode levar a região de volta ao lockdown, indicando que o continente vive a fase mais delicada da pandemia desde meados de maio.

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