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Pergunta: Já li muitos artigos sobre sugestões de investimento e a cada novo artigo tenho a certeza de que estou “conservador” demais para quem quer que o dinheiro renda algo mais.
Tenho a seguinte situação:
>> R$ 74.000,00 – em poupança
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>> R$ 26.000,00 – em CDB que adquiri recentemente (89% CDI, após 13/01/15 92,5% CDI, após 06/01/16 95% CDI e após 03/01/17 101% CDI – vencendo em 20/12/18).
Sei que o montante aplicado na poupança é muito conservador. Tentei seguir o conselho do meu pai em aplicar em fundos DI, mas o montante aplicado por ele dá direito a uma taxa de administração de 0,5% a.a. e no meu caso acho que isso não será possível, pelo menos no banco onde sou correntista que não é o mesmo do meu pai.
Supondo que eu queira manter R$ 20.000,00 em poupança para uma eventual emergência, qual a sugestão para a aplicação do restante?
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Leitor: Edson
Resposta de Cynthia Pellizzari, CFP, planejadora financeira certificada pelo IBCPF
A decisão pela diversificação é racional para a busca de maiores rendimentos. O mercado oferece diversos tipos de investimentos e, analisando criteriosamente, encontramos diversas alternativas melhores do que a poupança.
O CDB é um investimento pós fixado e está de acordo com o atual cenário econômico. A aplicação ficará mais atrativa se seu objetivo for manter o investimento até atingir a maior faixa de rendimento (101% do CDI). Além de reduzir a alíquota de IR incidente no rendimento para a alíquota de 15%, normalmente o capital é integralmente corrigido pela nova taxa, de forma retroativa, à medida que os prazos pré-determinados vão sendo atingidos. Verifique essa informação com seu banco.
Mantendo os R$ 20.000,00 na poupança para sua liquidez, restam R$ 54.000,00 para realocação. Uma opção interessante e bem democrática, pois o rendimento não varia de acordo com volume aplicado, é o Tesouro Direto. Para compor seu portifólio sugiro adquirir NTN-B Principal. Este título é remunerado pela inflação do período (IPCA), mais uma taxa de juros determinada no momento da aplicação. Sofre volatilidade de acordo com as oscilações da taxa de juros, mas tende a render mais que as demais alternativas conservadoras.
Ainda, o momento é propício para investir uma pequena parcela do seu capital em fundos cambiais. Há diversos fatores que nos levam a acreditar em uma valorização substancial do dólar perante o real nos próximos anos. Como o risco é maior, não sugiro mais do que 10% da carteira.
Contar com a expertise de profissionais do mercado financeiro é muito importante para respaldar suas decisões de investimento.
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Cynthia Pellizzari é planejadora financeira pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).
As respostas refletem as opiniões da autora. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.
Perguntas devem ser encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br
