Telegram anuncia monetização de canais com distribuição de criptomoeda, que dispara 30%

Os proprietários de canais vão começar a receber 50% da receita que o app obtiver com a exibição de anúncios

Lucas Gabriel Marins

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A Toncoin (TON), criptomoeda criada pela mesma empresa por trás do Telegram, disparou 30% na manhã desta quarta-feira (28) após o serviço de mensagens anunciar que vai compartilhar receitas publicitárias com os usuários. A distribuição se dará por meio do ativo digital.

O fundador do Telegram, Pavel Durov, disse em uma mensagem transmitida em seu canal oficial que a Telegram Ad Platform (plataforma de publicidade do aplicativo) será aberta oficialmente a todos os anunciantes em quase 100 países em março. Os nomes dos países não foram especificados.

“Os proprietários de canais nesses países começarão a receber 50% de qualquer receita que o Telegram obtiver com a exibição de anúncios em seus canais”, escreveu, mencionando que esses canais geram 1 trilhão de visualizações todos os meses, mas apenas 10% dessas visualizações são monetizadas.

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O Telegram já havia aventado planos de compartilhar receitas com determinados proprietários de canais.

Por volta das 10h30, a TON é negociada a US$ 2,69, segundo dados do agregador CoinMarketCap. As demais altcoins e o Bitcoin também operam em alta.

O que é a Toncoin?

A Toncoin é uma criptomoeda que alimenta uma rede blockchain de mesmo nome, criada pelo Telegram em 2018 para o desenvolvimento de aplicações descentralizadas. Na época, o serviço de mensagens conseguiu levantar US$ 1,7 bilhão, por meio de uma Oferta Inicial de Criptomoedas (ICO, na sigla em inglês), para colocar o projeto no mercado.

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O Telegram, no entanto, abandonou a rede após a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) processar o app alegando que o token TON era um valor mobiliário. O projeto passou então a ser tocado por desenvolvedores que não são ligados diretamente à empresa.

Em 2020, o Telegram pagou uma multa de US$ 18,5 milhões em acordo com a SEC por violações regulatória na oferta da TON.

Lucas Gabriel Marins

Jornalista colaborador do InfoMoney