Taxas do Tesouro Direto sobem nesta segunda-feira com aumento de aversão ao risco

Mercado acompanha piora na avaliação de Jair Bolsonaro na pesquisa CNT/MDA e novo corte nas expectativas de expansão do PIB brasileiro

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na tarde desta segunda-feira (26).

Entre os principais destaques do dia, o mercado repercute uma piora na avaliação do presidente Jair Bolsonaro na pesquisa CNT/MDA, bem como a tensão comercial entre Estados Unidos e China, com sentimento misto em relação à retaliação chinesa anunciada na sexta-feira (23).

Isso porque pela manhã, o sentimento era o de ânimo entre os investidores, após Donald Trump, afirmar durante a reunião do G-7, na França, que as perspectivas de um acordo com os chineses são melhores agora do que em qualquer momento desde que as negociações começaram no ano passado.

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No âmbito doméstico, as atenções se voltam à divulgação mais recente do Boletim Focus, do Banco Central. A pesquisa semanal com instituições financeiras mostrou que o mercado rebaixou a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2019, de 0,83% para 0,80%; e de 2,20% para 2,10%, em 2020.

As projeções para a taxa básica de juros, por sua vez, se mantiveram em 5% para dezembro deste ano, mas recuaram de 5,5% para 5,25% em 2020. Já as expectativas para a inflação recuaram de 3,71% para 3,65% em 2019, e de 3,90% para 3,85% no ano seguinte.

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No Tesouro Direto, o papel atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimento em 2024 oferecia um prêmio anual de 2,98%, ante 2,92% pela manhã. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.799,03 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 55,98 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Os títulos com vencimentos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam a inflação mais uma taxa de 3,59% ao ano, ante 3,58% a.a. na abertura do dia, enquanto o papel com juros semestrais e prazo em 2050 remunerava uma taxa de 3,67% ao ano, ante 3,63% a.a. anteriormente.

Já nos papéis com rendimento prefixado e vencimento em 2022, a taxa avançava de 5,99% para 6,09% a.a., enquanto o título com prazo em 2025 pagava anualmente 7,07%, ante 6,95% mais cedo.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta segunda-feira (26):
Título
Vencimento
Taxa de Rendimento (a.a.)
Valor Mínimo
Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 2,98% R$ 55,98 R$ 2.799,03
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,59% R$ 37,26 R$ 1.863,14
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,59% R$ 39,32 R$ 1.310,67
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 3,10% R$ 38,16 R$ 3.816,27
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,47% R$ 42,61 R$ 4.261,63
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,67% R$ 46,13 R$ 4.613,64
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 6,09% R$ 34,82 R$ 870,53
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 7,07% R$ 34,72 R$ 694,47
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,32% R$ 35,67 R$ 1.189,20
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 102,75 R$ 10.275,29

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

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O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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