Taxas do Tesouro Direto recuam nesta quarta-feira

SÃO PAULO – Os retornos oferecidos pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam queda nesta quarta-feira (2), apesar de um aumento de aversão ao risco tanto no ambiente externo quanto no interno.

Entre os principais destaques do dia, os mercados repercutem a divulgação do índice de atividade industrial dos Estados Unidos, que recuou de 49,1, em agosto, para 47,8, em setembro, o pior desempenho desde 2009. Os dados agravam ainda mais as preocupações com relação à possibilidade de uma recessão mundial.

Na cena doméstica, a retirada na reforma da Previdência do destaque que barrava mudanças no abono salarial reduz em R$ 76 bilhões a economia em dez anos com a reforma, e frustrou investidores. A Bolsa brasileira opera em queda nesta tarde.

No Tesouro Direto, o título com retorno prefixado e vencimento em 2022 oferecia um retorno anual de 5,53% ao ano, ante 5,56% a.a. na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 886,50 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 35,46 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

O título com juros semestrais e vencimento em 2029 pagava 6,99% ao ano, ante 7,01% a.a. anteriormente, enquanto o retorno do papel com prazo em 2025 recuava de 6,67% para 6,66% ao ano.

Já os títulos indexados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com prazos em 2035 e 2045 pagavam a inflação mais 3,43% ao ano, ante 3,45% a.a. mais cedo.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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