Taxas do Tesouro Direto caem com corte nas projeções para Selic em 2019

Investidores monitoraram cortes na projeção da Selic e do IPCA e aumento na expectativa de expansão do PIB em 2019

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos prefixados negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentavam queda na tarde desta segunda-feira (21). O motivo é o corte na projeção para a taxa básica de juros em 2019, de 4,75% para 4,5% ao ano, de acordo com o relatório Focus, do Banco Central.

O recuo nos prêmios, contudo, foi limitado, dada uma expectativa já precificada na curva de juros futuros de que a Selic deve terminar o ano em 4,5%.

A pesquisa semanal com instituições financeiras mostrou ainda que o mercado manteve as projeções para a Selic para 2020 e 2021 em 4,75% e 6,5% ao ano, respectivamente. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ocorre nos dias 29 e 30 de outubro — e a expectativa do mercado é de cortes mais agressivos.

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Após a deflação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em setembro, a projeção para o indicador em 2019 caiu de 3,28% para 3,26%, enquanto a de 2020 cedeu de 3,73% para 3,66%. Para 2021, a expectativa para a inflação ficou inalterada em 3,75%. Já a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi elevada de 0,87% para 0,88% em 2019, e se manteve inalterada nos dois anos seguintes: 2% em 2020 e 2,50% em 2021.

No Tesouro Direto, o título com retorno prefixado e vencimento em 2022 pagava uma taxa de 4,89% ao ano, ante 4,90% a.a. na abertura do dia.  O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 900,87 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 36,03 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

O Tesouro Prefixado 2025, por sua vez, pagava um prêmio anual de 6,12% ao ano, ante 6,14% a.a. anteriormente. Já o retorno do título com juros semestrais e prazo em 2029 recuava de 6,53% para 6,51% ao ano.

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Nos títulos indexados ao IPCA, contudo, as taxas ficaram inalteradas. Caso dos papéis com vencimentos em 2035 e 2045, que pagavam a inflação mais 3,18% ao ano, a mesma apresentada pela manhã.

Ainda no ambiente doméstico, investidores seguem no aguardo pela votação final da reforma da Previdência, que deve acontecer amanhã (22).

Enquanto isso, na cena internacional, o foco esteve no adiamento da decisão sobre Brexit e nas negociações comerciais entre EUA e China para pôr fim à guerra comercial entre as duas potências.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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