SÃO PAULO – Os títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, operavam sem movimento definido na tarde desta quinta-feira (6).
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Na véspera, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, confirmou as apostas do mercado e reduziu, pela quinta vez consecutiva, a taxa Selic. Desta vez, o corte dos juros básicos foi de 0,25 ponto percentual, para 4,25% ao ano – o menor patamar histórico.
Em comunicado, divulgado após a decisão, a autoridade monetária sinalizou que o ciclo de reduções chegou ao fim, afirmando que o atual grau de estímulo monetário, que atua com defasagens sobre a economia, pode elevar a trajetória da inflação acima do esperado no “horizonte relevante para a política monetária”.
O discurso contrariou as expectativas de parte dos investidores, que contavam com a possibilidade de o BC manter aberta a porta para mais um corte de juros na próxima reunião, que acontece nos dias 17 e 18 de março.
“O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária. Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento iniciado em julho de 2019, o comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”, escreveu.
No ambiente externo, mercados repercutiram o anúncio do governo chinês de que vai reduzir pela metade as tarifas sobre US$ 75 bilhões em importações dos Estados Unidos como parte do acordo comercial assinado com Washington, na chamada “fase 1”.
No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2024 pagava 2,28% ao ano, ante 2,27% a.a. na abertura do dia, enquanto o retorno do papel prefixado com prazo em 2025 subia levemente de 6,09% para 6,10% ao ano.
O Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2026, por sua vez, pagava 2,52% ao ano, ante 2,54% a.a. anteriormente.
Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:
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Como investir com Selic a 4,25% ao ano?
Com a queda dos juros, produtos com retornos pós-fixados, indexados ao CDI, estão rendendo cada vez menos, e o mesmo acontece com a rentabilidade da caderneta de poupança, que é atrelada à taxa Selic.
Nos últimos 12 meses até janeiro, a caderneta rendeu 4,14%. Agora, com a Selic em 4,25% ao ano, o retorno anual da poupança passa a ser de 2,98% e continua, portanto, perdendo para demais aplicações conservadoras e até para a inflação, caso a estimativa de alta de 3,40% para o IPCA neste ano se confirme.
Além de os juros baixos dificultarem a escolha de investimentos mais conservadores, a perspectiva de que eles voltem a subir colocam novo desafio para o aplicador brasileiro.
O InfoMoney conversou com especialistas do mercado financeiro para entender como o investidor deve se posicionar neste cenário. O consenso foi de que as aplicações deverão buscar horizontes mais longos e que, independentemente do perfil de risco do investidor, alguma parcela do portfólio deve estar alocada em ativos mais arriscados, de forma a garantir melhores rentabilidades. A matéria completa, você confere aqui.
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