Taxas de títulos do Tesouro Direto têm queda nesta terça-feira

No mercado doméstico, investidores monitoraram agenda de reformas,; no exterior, avanço da Covid-19 seguiu no radar

Mariana Zonta d'Ávila

(Rmcarvalho/Getty Images)

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SÃO PAULO – Os prêmios pagos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto ampliaram as quedas na tarde desta terça-feira (17).

O título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava um prêmio anual de 2,85%, ante 2,95% ao ano na tarde de ontem. A taxa paga pelo mesmo papel com juros semestrais e prazo em 2040, por sua vez, cedia de 4,09% para 4,04%.

Entre os papéis com retorno prefixado, o com vencimento em 2026 oferecia uma taxa anual de 7,29%, ante 7,39% no pregão anterior. Já o prêmio do Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 recuava de 7,78% para 7,69% ao ano.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta terça-feira (17):

Fonte: Tesouro Direto

Agenda de reformas e Covid-19

Entre os destaques do dia, os investidores monitoraram o noticiário político, com perspectivas de retomada da agenda de reformas.

Segundo Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, a expectativa é aprovar o PL do Mar nesta semana, de incentivo à navegação de cabotagem entre portos nacionais, além de avançar na discussão de demais matérias, como o BC independente, os fundos públicos e a negociação com os estados.

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Já Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, considera “muito difícil” que os liberais mantenham apoio ao governo caso medidas reprováveis do ponto de vista fiscal sejam adotadas.

“Vai chegar um momento, nas próximas semanas, que nós vamos saber se essa conciliação entre conservadores, que o presidente representa, e os liberais, que o Paulo Guedes diz que representa, como é que vai ficar essa aliança nos próximos meses”, afirmou Maia, em palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), lembrando que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial é urgente para fechar o Orçamento do próximo ano e deve ser discutida pelos próximos três meses.

Com relação ao auxílio emergencial, com data final marcada para dezembro, o governo estuda regras para aumentar o valor pago pelo Bolsa Família.

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Segundo reportagem do portal UOL, assessores da Presidência da República elaboram uma proposta que prevê a criação de um auxílio creche de R$ 52 mensais por criança e um prêmio anual de R$ 200 para os melhores estudantes, entre outras gratificações.

A proposta do Orçamento de 2021, enviada no dia 31 de outubro pelo governo ao Congresso, já previa elevar em 18,22% o valor gasto com o Bolsa Família. Pelo texto, a verba deve passar dos R$ 29,5 bilhões adotados em 2020 para R$ 34,9 bilhões em 2021.

Ainda no âmbito doméstico, o governo do estado de São Paulo adiou para 30 de novembro a reclassificação das áreas de acordo com o grau de novas contaminações por Covid-19. Segundo o governo, hospitais têm registrado mais internações pela doença.

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Quadro internacional

Na cena externa, os mercados seguiram animados com o anúncio da farmacêutica Moderna de que sua vacina tem 94% de eficácia.

Por outro lado, o avanço da segunda onda do coronavírus continuou preocupando, principalmente com a retomada de medidas de isolamento social em diversos lugares do mundo. Alguns estados americanos voltam a fazer quarentenas e a Rússia atingiu recorde diário de novas infecções, com 22.778 casos registrados.

Além disso, o noticiário focou na perspectiva econômica da União Europeia. Ontem, Hungria e Polônia vetaram a aprovação pelos governos do bloco da legislação que reúne tanto o orçamento para o período de 2021 e 2027, quanto a verba do fundo de recuperação da União Europeia.

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Para que o pacote seja aprovado, é necessário apoio unânime e o veto dos governos da Polônia e da Hungria deve atrasar a liberação dos recursos, no valor de 1,8 trilhão de euros.

Países europeus importantes vêm registrado aceleração no número de contaminações, com França, Alemanha e Reino Unidos implementando novos lockdowns, com diferentes níveis de abrangência.

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