Tesouro Direto: taxas de títulos públicos caem em semana de Copom

Mercado acompanha novos cortes na projeção da Selic pelo Focus e aumento na expectativa de expansão do PIB em 2019; cena externa segue no radar

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam queda na tarde desta segunda-feira (28).

No âmbito doméstico, as atenções têm se voltado hoje à divulgação mais recente do Relatório Focus, do Banco Central. A pesquisa semanal com instituições financeiras mostrou que o mercado rebaixou as projeções para a taxa básica de juros em 2020, 2021 e 2022. Agora, é esperada uma Selic de 4,50% ao fim do próximo ano (ante 4,75%), de 6,38%, em 2021 (ante 6,50%), e de 6,50%, em dezembro de 2022, ante expectativa anterior de 7,00%.

Para 2019, a projeção para a Selic se manteve em 4,50% ao ano. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acontece nesta semana, nos dias 29 e 30; a expectativa do mercado é de um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros.

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Com relação à inflação, a projeção para o indicador em 2019 avançou de 3,26% para 3,29% ao ano, enquanto a de 2020 cedeu de 3,66% para 3,60%. Para 2021, a expectativa para a inflação ficou inalterada em 3,75%. Já a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro este ano foi elevada de 0,88% para 0,91%, e permaneceu inalterada nos dois anos seguintes: em 2,00%, em 2020, e em 2,50%, em 2021.

No Tesouro Direto, o título atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimento em 2024 oferecia um prêmio anual de 2,15% nesta tarde, ante 2,20% ao ano na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.926,21 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 58,52 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam a inflação mais 3,09% ao ano, ante 3,13% a.a. anteriormente.

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Nos títulos com retorno prefixado, como o com prazo em 2022, a taxa recuava de 4,89% para 4,84% ao ano. Já o Tesouro Prefixado 2025 pagava 6,02% ao ano, ante 6,11% a.a. pela manhã.

Na cena internacional, o mercado segue atento ao resultado das eleições argentinas, às conversas entre China e EUA para colocar um fim à guerra comercial e o pedido do Reino Unido para prorrogar o prazo do Brexit, de 31 de outubro para 31 de janeiro.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

Balanço do Tesouro Direto

Em setembro, as vendas de títulos públicos do Tesouro Direto superaram os resgates em aproximadamente R$ 303 milhões, segundo o Tesouro Nacional. No mês, as vendas chegaram a R$ 1,9 bilhão, enquanto os resgates somaram R$ 1,6 bilhão. No período, o estoque do programa atingiu um montante de R$ 58,8 bilhões, um avanço de 13,9% sobre setembro de 2018. Na comparação mensal, a alta foi de apenas 1,1%

Assim como em agosto, o título mais demandado pelos investidores foi o Tesouro Selic, muito utilizado para reserva de emergência por conta da alta liquidez, cuja participação nas vendas atingiu 50,2%, praticamente em linha com o mês anterior. Na sequência, apareceram os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA e Tesouro IPCA+ com juros semestrais), com 30,5% das vendas, e os prefixados, com 19,2%.

Com relação ao número de investidores ativos, este chegou a 1,2 milhão, um crescimento de 65,4% nos últimos 12 meses. Em setembro, o acréscimo foi de aproximadamente 22 mil novos investidores ativos.

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