Taxas de títulos do Tesouro Direto sobem nesta quinta-feira

Mercados acompanham desencontro de informações sobre acordo entre EUA e China, além de decisão de política monetária do BCE

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Os retornos oferecidos pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na tarde desta quinta-feira (12), impulsionados por incertezas no cenário externo.

Entre as principais notícias do dia, o mercado acompanha o desencontro de informações sobre um possível acordo entre Estados Unidos e China. Pela manhã, o presidente americano, Donald Trump, anunciou o adiamento das tarifas sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses de 1º de outubro para o dia 15 do mesmo mês.

No início da tarde, porém, a CNBC afirmou que um oficial sênior da Casa Branca negou a notícia de que o governo dos EUA estaria ponderando a possibilidade de um acordo comercial provisório com a China.

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Na Europa, investidores repercutem a decisão do Banco Central Europeu (BCE), que reduziu a taxa de depósitos de -0,4% para -0,5% ao ano, e reiniciou o programa de compra de ativos para aumentar a quantidade de dinheiro circulando na economia.

Já no ambiente doméstico, o setor de serviços cresceu 0,8% em julho na comparação mensal, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o melhor resultado para o mês de julho desde 2011, quando houve avanço de 0,8%.

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No Tesouro Direto, o papel atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com juros semestrais e vencimento em 2050 oferecia um prêmio anual de 3,69%, ante 3,67% a.a. na abertura do pregão.

O Tesouro IPCA+ 2024, por sua vez, pagava a inflação mais 2,92% ao ano, ante 2,89% a.a. mais cedo. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.812,77 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 56,25 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Nos títulos com rendimento prefixado, o com prazo em 2022 oferecia uma taxa de 5,89% ao ano, ante 5,91% a.a. anteriormente. Já o retorno do Tesouro Prefixado com juros semestrais e vencimento em 2029 avançava de 7,22% para 7,26% ao ano.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quinta-feira (12):
Título
Vencimento
Taxa de Rendimento (a.a.)
Valor Mínimo
Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 2,92% R$ 56,25 R$ 2.812,77
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,63% R$ 37,12 R$ 1.856,30
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,63% R$ 39,02 R$ 1.300,83
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 3,08% R$ 38,28 R$ 3.828,64
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,50% R$ 42,57 R$ 4.257,87
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,69% R$ 46,09 R$ 4.609,56
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 5,89% R$ 35,07 R$ 876,98
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 6,94% R$ 35,07 R$ 701,41
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,26% R$ 35,93 R$ 1.197,85
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 103,05 R$ 10.305,83

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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