Taxas dos títulos públicos do Tesouro Direto sobem na tarde desta quarta-feira

Investidores monitoraram CPI da Covid, Orçamento de 2021 e STF, no Brasil, enquanto repercutiram resultados corporativos do 1º trimestre nos EUA e na Europa

Mariana Zonta d'Ávila

(CarlaNichiata/Getty Images)

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SÃO PAULO – Os prêmios pagos pelos títulos públicos do Tesouro Direto apresentavam alta na tarde desta quarta-feira (14), com os investidores de olho na cena política doméstica.

O papel com retorno indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 3,80%, ante 3,76% na tarde de ontem. Da mesma forma, o juro real pago pelo Tesouro IPCA+2035 subia de 4,16% para 4,19% ao ano.

Entre os papéis com retornos prefixados, o título com juros semestrais e prazo em 2031 pagava uma taxa de 9,57% ao ano nesta tarde, contra 9,53% anteriormente. Já o juro real pago pelo Tesouro Prefixado 2024 cedia de 8,33% para 8,29% ao ano.

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Confira os preços e as taxas atualizadas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto nesta quarta-feira (14):

Fonte: Tesouro Direto

Orçamento e STF

No Brasil, o governo tenta resolver o problema do Orçamento de 2021 e da necessidade de expandir os gastos contra a Covid-19 através de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC).

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o governo não abandonou a ideia de editar uma PEC para livrar algumas despesas do teto de gastos, mas irá rever os R$ 18 bilhões previstos em obras no texto original.

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Já o jornal Valor Econômico aponta, citando um interlocutor do governo, que a PEC “já morreu” e que a probabilidade maior é que Jair Bolsonaro promova alguns vetos parciais nas emendas parlamentares e envie projetos de lei corrigindo as despesas.

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Ainda entre os destaques no radar dos investidores, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), oficializou ontem a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid na casa legislativa.

A partir da união de dois requerimentos apresentados pelos parlamentares, foi criado um único colegiado que, além de apurar ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, poderá tratar de fatos conexos a estados e municípios que receberam recursos federais durante a crise sanitária. Leia mais aqui.

Atenção também para o Supremo Tribunal Federal (STF), com o julgamento da liminar do ministro Luís Roberto Barroso sobre abertura de CPI da Covid no Senado. Também está prevista na pauta do Supremo hoje votar a decisão do ministro Edson Fachin de anular as condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela Lava-Jato, em Curitiba.

Ambiente internacional

Na cena externa, investidores repercutiram o início da temporada de resultados do primeiro trimestre nos Estados Unidos e na Europa, com dados de grandes bancos como Goldman Sachs e JPMorgan.

O Goldman Sachs reportou um salto expressivo no lucro do primeiro trimestre, para US$ 6,7 bilhões, enquanto o JP Morgan superou as estimativas dos analistas em termos de lucro e receita, ajudado por uma cifra de US$ 5,2 bilhões com a diminuição de provisões para as perdas.

As atenções também recaíram sobre a fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, durante evento do Clube Econômico de Washington.

Segundo o chairman da autoridade monetária americana, o Federal Reserve vai reduzir suas compras de títulos antes de se comprometer com uma alta dos juros. “Chegaremos ao momento em que vamos reduzir as compras de ativos quando tenhamos feito mais avanço substancial na direção de nossas metas em relação a dezembro passado”, destacou.

Os mercados também monitoraram eventos ligados à vacinação contra o coronavírus.

Nesta semana, a distribuição da vacina da Johnson & Johnson foi interrompida em grande parte dos Estados Unidos e da Europa em meio à revisão do desenvolvimento de coágulos sanguíneos raros em seis mulheres. Por outro lado, a Pfizer anunciou que poderá entregar 10% a mais de doses inicialmente contratadas pelos EUA até o fim de maio.

Além disso, a Moderna disse que sua vacina Covid-19 teve eficácia de mais de 90% na proteção contra o vírus seis meses após a segunda aplicação.