Taxas de títulos do Tesouro Direto recuam nesta quinta-feira

Atenções seguiram voltadas para apuração de votos das eleições nos EUA; reunião do Fomc e possível pacote de estímulos no país também estiveram no radar

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Os prêmios pagos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam queda na tarde desta quinta-feira (5), em mais um dia de atenções voltadas à apuração de votos das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

O título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 2,93%, ante 2,98% a.a. na tarde de ontem. O juro pago pelo mesmo papel com prazo em 2035, por sua vez, cedia de 4,17% para 4,09% ao ano.

Entre os papéis com retorno prefixado, o com vencimento em 2026 oferecia um prêmio anual de 7,35%, frente à taxa de 7,42% paga anteriormente. Já o Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 pagava hoje uma taxa de 7,73% ao ano, ante 7,77% a.a. na véspera.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quinta-feira (5):

Fonte: Tesouro Direto

EUA ainda sem presidente definido

No cenário global, as atenções seguiram voltadas hoje para a continuidade da contagem de votos das eleições nos EUA.

Até o momento, nenhum dos candidatos obteve os 270 colégios eleitorais necessários para a vitória, mas Joe Biden lidera com 264 delegados, perto do mínimo necessário, ante os 214 de Donald Trump.

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Após ganhar nos estados de Michigan e Wisconsin, o candidato democrata precisa levar apenas mais um estado de destaque, como Nevada, onde ele está liderando, ou Geórgia, onde sua campanha acredita que os votos ausentes o empurrarão para o topo.

Em meio aos resultados até o momento, Trump disse que vai recorrer à Suprema Corte para a suspensão da apuração de votos. “Esta é uma grande fraude sobre nossa nação”, disse. “Queremos que a lei seja usada de maneira adequada.”

O mercado também avalia a nova composição do Congresso americano. Até a noite de ontem, democratas pareciam em vias de controlar a Câmara dos Deputados, enquanto republicanos pareciam manter o controle sobre o Senado. Nesta manhã, o controle republicano ainda não parece assegurado, mas tampouco parece haver uma supremacia democrata.

Senadores são responsáveis por confirmar nomes indicados pelo presidente para cargos importantes e, por isso, podem impulsionar ou barrar medidas de interesse da Casa Branca.

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A perspectiva de um Congresso dividido entre democratas e republicanos é vista com bons olhos por uma parcela dos investidores, temerosos de que um governo democrata excessivamente forte levaria à regulação em excesso, em especial sobre grandes empresas de tecnologia.

Também no radar, o senador republicano Mitch McConnel, líder da atual maioria no Senado, sinalizou a possibilidade de fechar um acordo de estímulo à economia americana ainda em 2020, contribuindo para melhorar o desempenho das bolsas.

Os investidores também acompanham hoje, às 16h, a reunião de política monetária do Federal Open Market Committee (Fomc), que irá decidir o rumo da taxa básica de juros no país.

Cena local

No âmbito doméstico, o foco recaiu sobre a derrubada ontem, pelo Senado e pela Câmara, do veto do presidente Jair Bolsonaro à prorrogação, até o final de 2021, da desoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores, como transporte, construção civil, indústria têxtil e comunicações.

Com a decisão pela manutenção do benefício, evitam-se demissões nesses segmentos da economia, responsáveis por empregar cerca de 6 milhões de pessoas no país.

Destaque ainda para a reunião do Conselho Deliberativo do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que decidiu ontem por não estender por mais duas parcelas o seguro-desemprego a pessoas demitidas no período entre 20 de março e 31 de julho, o que beneficiaria 2,7 milhões de trabalhadores.

A extensão era proposta por sindicatos, e foi derrotada em uma aliança entre representantes do governo e empresários presentes no conselho do FAT, por 12 votos a 6.

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