Taxas de títulos do Tesouro Direto recuam com ambiente externo favorável

Investidores repercutiram falas do presidente do banco central americano e notícia de possível vacina contra a Covid-19

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados via Tesouro Direto recuavam na tarde desta segunda-feira (18), com um ambiente externo mais favorável e expectativas de um corte maior do que o previsto na Selic neste ano.

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Repercutiram as falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (o banco central americano), que disse ontem que a economia americana deve se recuperar gradualmente no segundo semestre e que os índices de confiança só devem retornar aos níveis pré-crise após a chegada de uma vacina contra o coronavírus. O presidente do Fed afirmou ainda que não está sem munição para combater a recessão.

Contribuiu para um maior otimismo nesta segunda-feira o anúncio da farmacêutica Moderna Therapeutics de resultados positivos na primeira fase do desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19. Segundo a companhia, duas doses administradas a 45 participantes de um teste foram capazes de estimular a produção de anticorpos por eles.

Ainda hoje, investidores aguardam pelo encontro virtual entre o presidente francês, Emmanuel Macron, e a primeira-ministra alemã, Angela Markel, com apresentação de um conjunto de iniciativas para a recuperação da Europa após os estragos causados pela pandemia.

Mercado hoje

No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava uma taxa de 3,41% ao ano, ante 3,53% a.a. na tarde de sexta-feira (15). Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, ofereciam um prêmio anual de 4,49%, frente aos 4,56%, a.a. ofertados anteriormente.

Entre os papéis prefixados, o juro do papel com vencimento em 2023 recuava de 4,77% para 4,59% ao ano, enquanto o prêmio pago pelo Tesouro Prefixado com juros semestrais e vencimento em 2031 cedia de 8,26% para 8,05% ao ano.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta segunda-feira (18):

Fonte: Tesouro Direto

Relatório Focus

Publicado nesta manhã, o relatório Focus, do Banco Central, apontou para um corte de 0,75 ponto percentual da Selic já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), levando a taxa básica de juros dos atuais 3,00% para 2,25% ao ano – e ficando neste patamar até dezembro. No último levantamento, a expectativa era de que a taxa encerrasse o ano em 2,50%.

Para 2022, as projeções para a Selic também foram reduzidas, de 5,50% para 5,25% ao ano, enquanto as estimativas para 2021 foram mantidas em 3,50%.

Com uma atividade econômica cada vez mais fragilizada, dado o avanço do coronavírus no país, a mediana das projeções para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu pela 14ª vez consecutiva e, agora, os economistas veem uma contração da economia brasileira de 5,12% em 2020, ante expectativa anterior de retração de 4,11%.

Já para 2021, o mercado manteve a estimativa de crescimento de 3,20% da atividade.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção de alta foi cortada pela décima vez consecutiva, desta vez de 1,76% para 1,59%, em 2020. Também houve ajuste na projeção para a inflação de 2021, de 3,25% para 3,20%.

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