Taxas de títulos do Tesouro Direto recuam após maior queda da produção industrial da série histórica

A indústria encerrou abril com queda de 18,8%, menor que a esperada pelos economistas do mercado

Mariana Zonta d'Ávila

Dinheiro na carteira (Brenda Beth/Getty Images)

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados via Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam queda na tarde desta quarta-feira (3).

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Na agenda de indicadores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou pela manhã os dados da produção industrial, que despencou 18,8% em abril na comparação com março.

Apesar de a queda ter sido a mais acentuada da série histórica do indicador, iniciada em 2002, a retração foi menor que a esperada pelos economistas do mercado, que projetavam uma contração de 28,3%, segundo o consenso Bloomberg.

Já na comparação anual, a retração de abril foi de 27,2%, menor que a mediana das projeções, que era de um recuo de 36,1%.

Mercado hoje

Com uma queda menor do que a esperada da produção industrial e um ambiente externo positivo nos mercados, o dólar recuava 2,3%, a R$ 5,08, por volta das 16h.

No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 2,69%, ante 2,73% a.a. na tarde de terça-feira (2). Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, ofereciam um prêmio anual de 4,12%, frente aos 4,20% a.a. pagos anteriormente.

Entre os títulos prefixados, o juro do papel com vencimento em 2023 cedia de 4,13% para 4,07% ao ano, enquanto o prêmio pago pelo mesmo papel com prazo em 2026 recuava de 6,33% para 6,25% ao ano.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta quarta-feira (3):

Fonte: Tesouro Direto

Noticiário externo

Na cena externa, mercados tiveram hoje um dia positivo com a avaliação de analistas de que a reabertura dos negócios nas principais economias do mundo, com o relaxamento das medidas de isolamento social impostas pela pandemia de coronavírus, irá impulsionar o crescimento econômico.

Investidores também monitoraram hoje a divulgação do relatório de emprego ADP nos Estados Unidos, que mostrou que o país perdeu 2,8 milhões de vagas de empregos em maio. A expectativa mediana dos economistas consultados pela Bloomberg era de uma perda de 9 milhões de vagas na iniciativa privada no período.

Na maior economia do mundo, os protestos após o assassinato de George Floyd, um homem negro, desarmado, pela polícia de Minneapolis, avançam. Ontem, as forças de segurança intensificaram os esforços para tentar conter os protestos, incluindo a adoção de toque de recolher em diversas cidades.

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