Taxas de títulos do Tesouro Direto operam em queda nesta quinta-feira

Investidores monitoraram relatório trimestral de inflação e cena política, no Brasil; nos EUA, atenção recaiu sobre Fed e dados de emprego

Mariana Zonta d'Ávila

"Shutterstock"

SÃO PAULO – Os prêmios oferecidos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam queda na tarde desta quinta-feira (24).

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O título prefixado com vencimento em 2026 pagava uma taxa de 6,92% ao ano, ante 7,12% a.a. na quarta-feira (23). O prêmio pago pelo mesmo papel com prazo em 2023, por sua vez, cedia de 4,56% para 4,36% ao ano.

Entre os papéis indexados à inflação, o com vencimento em 2026 oferecia um prêmio anual de 2,69%, abaixo dos 2,71% pagos anteriormente. O juro pago pelo mesmo papel com juros semestrais e prazo em 2055, por sua vez, avançava de 4,20% para 4,22% ao ano.

No câmbio, após forte alta na véspera, o dólar operava em queda de 1,4% ante o real, cotado a R$ 5,51, por volta das 16h.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quinta-feira (24):

Fonte: Tesouro Direto

Relatório trimestral de inflação

Entre os destaques do dia, os investidores absorveram hoje o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), do Banco Central.

O documento reforçou a mensagem de que, apesar de uma assimetria em seu balanço de riscos para a inflação para o lado altista, a autoridade monetária não pretende subir a Selic, a menos que o quadro para o avanço de preços na economia ou o regime fiscal sejam modificados.

O RTI trouxe ainda uma revisão para cima para o desempenho da economia brasileira em 2020, de contração de 6,4%, calculada em junho, para uma queda de 5,0%.

Ainda assim, a projeção é um pouco pior que a estimativa oficial do Ministério da Economia, de um recuo de 4,7% para a atividade neste ano.

Já para 2021, o BC projetou alta de 3,9% para o PIB, mais otimista que o crescimento de 3,2% visto pelo Ministério da Economia.

Em coletiva de imprensa, o presidente da instituição Roberto Campos Neto disse que o Comitê de Política Monetária (Copom) deixou claro que não está disposto a correr riscos ao condicionar o compromisso de não elevar juros à manutenção do ajuste fiscal.

“O que nós queremos dizer é que nós não estamos dispostos a correr riscos inflacionários oriundos de questões fiscais, essa é a mensagem principal”, afirmou.

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No âmbito político, a atenção recaiu sobre a criação de um novo imposto.

De acordo com o jornal Estado de S.Paulo, para reduzir as resistências, o governo está negociando na Câmara a possibilidade de aprovar a reforma tributária em troca da criação de uma nova CPMF com a desoneração da folha de pagamento.

Além disso, o governo já definiu um novo programa social para substituir o Bolsa Família, que deve ser chamado de Renda Cidadã.

Destaque ainda para a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de enviar para o plenário virtual da Corte a decisão sobre como deve ser o depoimento do presidente Jair Bolsonaro – se pessoalmente ou por escrito.

Coronavírus no radar

No exterior, o clima foi de preocupação com a segunda onda de contaminações pelo coronavírus, em especial na Europa. O número de novos casos diários no Reino Unido subiu 25% de um dia para outro, segundo a rede BBC. O país reportou ontem 6.178 infecções, alta de 1.252 casos desde terça-feira.

Nos Estados Unidos, destaque para os dados de pedidos por seguro-desemprego, que somaram 870 mil na semana passada, acima da projeção dos economistas consultados pela Bloomberg, de 840 mil requisições do benefício no período.

Os mercados ainda acompanharam as falas do presidente do Federal Reserve, o banco central americano, Jerome Powell, de que o fracasso do Congresso em aprovar suporte fiscal adicional para a economia americana aumenta as preocupações sobre uma retomada mais lenta.

“Embora a economia esteja melhor do que o esperado, acho que há um risco de queda”, disse Powell.

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