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Sou estrangeira, moro no Brasil e gostaria de investir; por onde começar?

Guilherme Fagundes Silveira, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, responde a pergunta de leitora do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta

Sou argentina, arquiteta e atualmente moro no Brasil com um visto temporário, que pretendo tranformar em permanente. Trabalho em um escritório que não assina carteira e quero investir dinheiro, mas não sei se fazer uma poupança, uma previdência ou um seguro. Queria saber se vocês tem alguma dica pra me passar, conselho, etc.

Leitora: Paloma

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Resposta de Guilherme Fagundes SilveiraCFP, Planejador Financeiro Certificado pelo IBCPF

Olá Paloma!       

Ao investir é importante que você leve em conta o fato de que ainda não possui visto permanente no Brasil e de que você não possui carteira assinada. Caso, por ventura, você tenha de regressar à Argentina, é desejável que possa resgatar suas aplicações em um curto espaço de tempo, pagando uma baixa alíquota de IR.

Como você não possui carteira assinada, não está amparada pela previdência social e não possui direito ao auxílio doença, recomendo que contrate seguro de vida com cláusula de Diárias por Incapacidade Temporária (DIT) e cobertura por Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente (IPA). O DIT lhe garantirá renda adicional caso precise se afastar do trabalho por algum período devido a doença, ou acidente.

Dentre as alternativas de investir na poupança ou em um fundo de previdência, a poupança é uma alternativa com alta liquidez, isenta de tributos, que, no entanto, tende a apresentar rentabilidade inferior a outros investimentos de renda fixa. O investimento em um fundo de previdência pode lhe gerar maior rentabilidade, porém possui algumas particularidades às quais você deve atentar antes de realizar o investimento:

•          Custos – Fundos de previdência cobram com frequência taxa de carregamento nas aplicações e resgates, além da taxa de administração. Prefira fundos com baixa taxa de administração e que não cobrem taxa de carregamento na aplicação.

•          Tributação – Fundos de previdência são classificados como VGBL, PGBL 

E sua tributação pode seguir a tabela regressiva, ou a tabela progressiva. Via de regra, caso você não possua muita renda tributável e declare seu IR através da declaração simplificada, será mais vantajoso optar por uma previdência do tipo VGBL. A opção pela tabela regressiva, ou progressiva depende de quanto tempo você pretende manter o recurso aplicado e de sua expectativa de renda anual tributável para o período de resgate. Caso a sua expectativa para o período de resgate seja de uma baixa renda tributável, poderá valer mais a pena optar pela tabela progressiva. Caso você espere ter uma renda tributável elevada, ou caso você espere manter o investimento durante um longo período de tempo, poderá valer mais a pena a tabela regressiva.

•          Liquidez – Fundos de previdência não são indicados para investidores 

que necessitem de liquidez. O prazo para resgate das aplicações varia conforme o fundo. É comum fundos exigirem prazo de 6 meses para o primeiro resgate. Diversos fundos cobram taxa de carregamento na saída, de acordo com o tempo de permanência no fundo, penalizando investidores que mantém os recursos aplicados por curtos períodos.

Como seu visto brasileiro é temporário, recomendo cautela ao investir em previdência, em especial pela liquidez desse tipo de ativo.

Outra opção de investimento que você poderia cogitar, enquanto não possui visto permanente, é a aplicação em um fundo tradicional de renda fixa indexado ao CDI, que possua baixa taxa de administração e elevada liquidez.

Guilherme Fagundes Silveira, é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões da autora. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.