Simuladores são boa opção para aprender a operar na bolsa, dizem especialistas

"A proposta é trazer o mundo real no simulador", diz o professor de educação financeira da Bolsa, José Alberto Netto Filho

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SÃO PAULO – Você comprou uma dúzia de livros sobre investimentos, fez uma porção de cursos, lê o caderno de economia todos os dias. O mercado de ações já está presente em sua vida e a vontade de operar é grande. Mas, ainda assim, você acha que falta alguma coisa para começar a operar no mercado de renda variável: a experiência.

Para resolver esse problema, uma opção interessante são os simuladores do mercado, que representam com fidelidade os sistemas de home broker das corretoras e proporcionam ao investidor a chance de simular operações de compra e venda de ações, com taxas e cotações reais.

A própria BM&FBovespa já conta com um programa utilizado para essa finalidade. Criado em julho de 2010, o SimulAção atingiu 43.500 usuários cadastrados, segundo dados da Bolsa divulgados nesta segunda-feira (31).

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“A proposta do programa é trazer o mundo real no simulador, com os comandos básicos do dia a dia à disposição do usuário”, afirma o professor de educação financeira da BM&FBovespa, José Alberto Netto Filho.

Prática
O professor ressalta que é comum a pessoa fazer cursos e se preparar teoricamente, mas não se sentir segura para efetuar a compra e venda de ações no primeiro momento. “O programa de simulação é muito importante para adquirir a prática. Ele pode ser usado tanto pelo novato, que tem dinheiro disponível, mas ainda não tem experiência, quanto para aqueles que já operam, mas não têm valor disponível para aplicar no momento”, diz Netto.

Para o professor de finanças da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Fábio Gallo, os simuladores são uma boa forma do investidor se familiarizar com os índices e com as principais características do mercado de ações.

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“Você vai acompanhando as oscilações e o desempenho de cada empresa, sem correr tanto risco. Quando se sentir confortável, pode começar a montar a sua carteira real”, aconselha.

Realidade x Simulação
O professor da BM&FBovespa lembra que, apesar de ter as mesmas características do programa real, o simulador não consegue imitar as mesmas sensações de ter o próprio dinheiro investido e o “frio no estômago” causado pela possibilidade de perder ou ganhar tudo.

“No simulador, o comprometimento é muito menor, já que o investidor não está aplicando seu patrimômio”, diz Netto. “Por isso, cada um deve saber que tipo de investidor e quais são suas principais características e limitações para evitar surpresas desagradáveis”, finaliza.

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip