Seu filho nasceu? Pense no futuro dele com investimentos rentáveis

Gosto dos produtos que geram renda periódica e são isentos de impostos, diz planejador financeiro

Diego Lazzaris Borges

Publicidade

 Texto de Tiago e Silva Couto, planejador financeiro pessoal com certificação CFP®(Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros. Tiago é advogado e economista, sócio da Bahia Partners Agentes Autônomos de Investimentos.

Parabéns aos pais e mães! Os filhos são uma das melhores coisas da vida, o ingrediente mágico de nossa existência. Também sou pai, tenho um casal que alegra a minha, o menino com 5 anos e a menina com 3 anos.

Além de toda a preocupação que eu e minha esposa temos com a educação e formação do caráter de nossos pequenos, um dos temas que sempre debato em casa, e agora, compartilho com vocês, é sobre a formação de uma poupança para os meus queridos.

Continua depois da publicidade

A grande maioria dos casais fazem ginásticas financeiras para manter a casa, com todas as despesas e, ainda, formar uma poupança para os pequenos. E, mesmo sendo um planejador financeiro, confesso que é uma tarefa difícil. Mas, acredito que possa dividir com vocês algumas experiências que têm dado certo no meu caso.

Assim que nasceu o meu primeiro, conversei com minha esposa sobre a importância de todo mês separar um valor para os nossos filhos. Concordamos em abrir uma conta poupança, independente das nossas, que serve como acumuladora dessas parcelas – ainda, é livre de taxas e encargos bancários. A cada 6 meses, eu transfiro o valor acumulado para a corretora, local onde encontro melhores opções de investimentos.

Com os recursos na corretora, já num montante maior, o que vislumbro e, continuo fazendo até hoje, é dividir a poupança dos meus filhos em três aplicações de longo prazo.

Continua depois da publicidade

Gosto dos produtos que geram renda periódica e são isentos de impostos. Defini que alocaria os recursos dos meus filhos da seguinte forma: fundos imobiliários, FIP energia e Fundo de Ações Pagadoras de Dividendos. As três aplicações são cotadas em bolsa, o que facilita a liquidez.

Com essa composição de carteira, todo mês o portfólio deles recebe um valor que eu consigo reaplicar integralmente – compro mais cotas dos mesmos. A intenção é que ao final do período de alocação (18 anos), essa aplicação gere renda suficiente para custear a universidade e suas despesas.

A ideia do fundo imobiliário é todo mês conseguir comprar mais cotas, e muitas vezes, sou flagrado torcendo por sua queda, pois assim, posso comprar mais cotas com a mesma quantia de dinheiro recebida.

Continua depois da publicidade

O mesmo princípio é para o FIP Energia – fundo proprietário de um projeto de energia eólica e hidrelétrica, que está com um yield superior a IPCA+12% a.a. isento de IR. Com apenas R$ 84,00 consigo comprar para meus pequenos uma fração de um grande projeto de infraestrutura, com uma excepcional taxa de retorno de acordo com os preços atuais.

E, ao final, compro um fundo de ações pagadoras de dividendos, cotado em bolsa. Também é isento de IR e tem recebimentos mensais. Possui gestão ativa e foca em ações com retornos dos dividendos de 7% a.a., fora o ganho de capital.

A vantagem desse tipo de portfolio, é que eu faço a conta ao contrário. Sei quantas cotas eu vou precisar no patrimônio dos meus filhos para cobrir as despesas futuras, de acordo com o preço atual. Assim, se eu desejo ter uma renda mensal de R$ 3.030,00, livre de impostos, eu preciso de 3.000 cotas de um fundo imobiliário que paga R$ 1.01/mês. O mesmo raciocínio se aplica às outras alternativas propostas.

Continua depois da publicidade

Com essa alocação de recursos, aplicações que não têm prazos definidos, e fluxos constantes de pagamentos, vou me esforçando para que em 18 anos, tais fluxos possam custear a vida dos meus pequenos, que já serão adultos, infelizmente.

Espero poder ter ajudado ao compartilhar minha experiência e fico à disposição para eventuais dúvidas.

O texto reflete as opiniões do autor. O Infomoney não se responsabiliza pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

Continua depois da publicidade

Gostou das explicações? Tem mais dúvidas sobre investimentos e planejamento financeiro? Mande um e-mail para o Tiago: tiago@bahiapartners.com.br 

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip