Quanto é preciso investir para receber R$ 100 por dia em dividendos? Veja simulação

Além de alocar um montante relevante em ações, o investidor precisa escolher pagadoras sólidas de dividendos

Leonardo Guimarães

(Freepik)
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Viver da renda gerada pelos investimentos é o sonho de muitos brasileiros. Para garantir um padrão de vida elevado, é preciso investir pelo menos alguns milhões. No entanto, o montante necessário para uma renda extra de R$ 100 por dia – mais que suficiente para pagar o café – é bem menor. 

Além de um investimento relevante, o investidor precisa compreender os riscos associados à alocação em renda variável. Escolher bons ativos para compor a carteira de renda passiva também é essencial nessa jornada. 

Considerando um mês de 30 dias, o objetivo de R$ 100 por dia equivale a um retorno mensal de R$ 3 mil. “Para isso, o investidor precisaria de algo entre R$ 450 mil e R$ 600 mil bem alocados em ações de empresas com dividend yield (retorno com dividendos) médios entre 6% e 8% ao ano”, diz Bruno Rocio, assessor de investimentos na Raro Investimentos e advogado especialista em planejamento patrimonial”. 

Dividend YieldInvestimento necessário para ter R$ 100 por mês com dividendos
6% ao anoR$ 600.000
8% ao anoR$ 450.000

Rocio pondera que o cálculo considera rendimentos estáveis de 6% a 8% ao ano, algo que não acontece no mundo real, já que o retorno com dividendos das empresas varia. Ele ainda pontua que a simulação não leva em conta inflação, reinvestimetnos ou cortes de dividendos ao longo dos anos. 

Onde investir? 

A carteira de dividendos de outubro, compilado feito pelo InfoMoney com as recomendações das principais corretoras do País, tem cinco papéis: Petrobras (PETR4), Caixa Seguridade (CXSE3), Copel (CPLE6), Vivo (VIVT3) e Itaú (ITUB4). 

Já Rocio também cita, no setor financeiro, a ação do Banco do Brasil (BBAS3), quem entrega retorno com dividendos entre 8% e 9% ao ano: “é, historicamente, uma boa pagadora de dividendos”.

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Em energia elétrica, a Taesa (TAEE11) é uma opção de “pagadora histórica, mas limitada em crescimento”, enquanto Engie (EGIE3) tem “boa previsibilidade e política clara de dividendos”. Já Isa Energia (TRPL4) tem “bom fluxo de caixa”, segundo o especialista. 

No setor de seguros, o destaque de Bruno Rocio é a BB Seguridade (BBSE3): “tem payout elevado e é relativamente previsível”. 

Ele ainda cita Petrobras (PETR4), que tem “dividendos altos, mas riscos político e do preço do petróleo elevados.