Saiba como o ranking InfoMoney-Ibmec de Melhores Fundos 2022 foi elaborado

Conheça os detalhes da metodologia da pesquisa que premia os gestores de fundos brasileiros mais consistentes

Equipe InfoMoney

(Imagem: Leo Albertino)

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O ranking InfoMoney-Ibmec de Melhores Fundos tem o objetivo de premiar os gestores mais consistentes do setor.

A iniciativa partiu da ideia de que os rankings existentes atualmente favorecem aqueles fundos que tenham uma janela extremamente positiva em um curto período (de até um ano), mas não consideram a capacidade de os gestores gerarem retorno no longo prazo (ao menos três anos).

Isso pode levar o investidor a uma tomada de decisão equivocada, levando-o a pensar que deveria trocar periodicamente de fundo para obter a melhor performance. Sabe-se que, na prática, o investidor que adere a um fundo de investimento deseja comodidade e performance frente ao risco assumido.

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Novidades da edição 2022

Na edição de 2022, o ranking InfoMoney-Ibmec apresenta três novas categorias, referentes aos fundos previdenciários: Previdência – Renda Fixa Crédito Privado, Previdência – Multimercado e Previdência – Renda Variável.

A expansão é um reflexo do avanço do mercado de previdência privada ao longo dos últimos anos. Com a evolução da regulação na previdência, houve um ganho de flexibilidade na implementação dos diferentes tipos de estratégias, o que levou uma quantidade crescente de gestoras a lançarem novos produtos previdenciários.

Para comportar tais categorias, algumas adaptações nos filtros (como número de cotistas, taxa de administração e público-alvo) foram aplicadas, em função das especificidades desse setor.

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Também nesta edição, a categoria Fundos Imobiliários foi desmembrada em três categorias, quais sejam: Fundos Imobiliários – Fundo de Fundos (FoF), Fundos Imobiliários – Tijolo e Fundos Imobiliários – Papel. A mudança procura aumentar a granularidade da análise, comparando entre si fundos de estratégias semelhantes.

Abaixo você confere a metodologia completa utilizada na elaboração do ranking.

Categorias do ranking

São consideradas nove classes de fundos diferentes:

Metologia

Para evitar que fundos não distribuídos ao investidor comum ou com acesso muito restrito fossem considerados na amostra, foram aplicados alguns filtros no universo de mais de 19 mil fundos registrados na CVM.

Fundos com patrimônio muito reduzido foram desconsiderados, dado que, em alguns casos, esses fundos podem ter retornos favorecidos por executar operações irreplicáveis para veículos com patrimônio maior.

Filtros

Abaixo você confere os filtros utilizados em cada uma das categorias do ranking InfoMoney-Ibmec.

Filtros para as categorias de fundos Renda Fixa Crédito Privado, Multimercado e Renda Variável:

• Data-base: 31/12/2021;

• Foram excluídos:

o Fundos exclusivos, bem como os fundos destinados a investidores profissionais ou private;
o Fundos com menos de 50 cotistas no último dia útil dos dois semestres do ano de 2021;
o Fundos com taxa de administração inferior a 0,10% ao ano;
o Fundos com patrimônio líquido médio em cada janela semestral (calculado com base diária) inferior a R$ 50 milhões em 2019 e a R$ 100 milhões em 2020 e 2021;
o Fundos cujas carteiras tenham exposição a investimentos no exterior ou BDRs superior a 66,7% do patrimônio líquido, na média dos últimos 6 meses;
o Fundos que possuam, simultaneamente, mais de 80% do patrimônio líquido investido em cotas de fundos e menos de 90% do patrimônio líquido investido em sua maior posição. Também foram excluídos os fundos que invistam mais de 90% do patrimônio líquido em fundos que se enquadrem nessa condição;
o Caso haja dois fundos no ranking que invistam mais de 90% do patrimônio líquido em cotas de um mesmo fundo master, apenas o mais antigo é considerado nos cálculos. Em casos de empate, é considerado o fundo com maior patrimônio líquido.

Filtros para as categorias de fundos Previdência – Renda Fixa Crédito Privado, Previdência – Multimercado e Previdência – Renda Variável:

• Data-base: 31/12/2021;

• Foram excluídos:

o Fundos que não recebam recursos de planos PGBL ou VGBL;
o Fundos que possuam simultaneamente mais de 80% do patrimônio líquido investido em cotas de fundos e menos de 90% do patrimônio líquido investido em sua maior posição. Também foram excluídos os fundos que invistam mais de 90% do patrimônio líquido em fundos que se enquadrem nessa condição;
o Fundos que, ao longo dos últimos seis meses, tenham tido mais de 80% das janelas diárias de captação líquidas nulas. Esse filtro visa retirar da amostra os fundos de clientes private, beneficiário único do plano;
o Caso haja dois fundos no ranking que invistam mais de 90% do patrimônio líquido em cotas de um mesmo fundo master, apenas o mais antigo é considerado nos cálculos. Em casos de empate, é considerado o fundo com maior patrimônio líquido;
o Caso haja dois fundos no ranking que apresentem a mesma estratégia, mas em seguradoras diferentes, é considerado para efeitos de colocação o fundo que tenha maior score de performance.

Critérios de seleção

Conheça os critérios de seleção utilizados em cada uma das categorias do ranking InfoMoney-Ibmec.

Fundos de Renda Fixa Crédito Privado e Previdência – Renda Fixa Crédito Privado:

São considerados

o Fundos com classificação CVM “Renda Fixa”;
o Fundos com sufixo “Crédito Privado”;
o Fundos com volatilidade anualizada inferior a 3% ao ano, em cada janela semestral ao longo dos 36 meses.

Fundos Multimercado e Previdência – Multimercado:

São considerados:

o Fundos com classificação CVM “Multimercado”.

São excluídos:

o Fundos que, em seus respectivos regulamentos, busquem investir de forma ativa ou passiva em uma classe de ativo que seja representada por um único índice que não seja o CDI;
o Fundos com volatilidade anualizada inferior a 1% ao ano, em cada janela semestral ao longo dos 36 meses;
o Fundos com classificação ANBIMA “Capital Protegido” e “Previdência Balanceados”, bem como fundos Multimercado (CVM) com classificação “Crédito Privado” segundo a ANBIMA;
o Fundos que sejam isentos de tributação;
o Fundos com classificação CVM “Multimercado” e tributação alvo de “Renda Variável”. Estes são retirados desta categoria e considerados na categoria de Fundos de Ações;
o Fundos previdenciários com classificação CVM “Multimercado” que, ao longo dos últimos seis meses, tenham um percentual investido em ações maior do que 40% patrimônio líquido em pelo menos um mês. Estes são retirados desta categoria e considerados na categoria Previdência – Renda Variável.

Fundos de Renda Variável e Previdência – Renda Variável:

São considerados:

o Fundos com classificação CVM “Ações”;
o Fundos com classificação CVM “Multimercado” e tributação alvo de “Renda Variável”;
o Fundos previdenciários com classificação CVM “Multimercado” e que tenham tido, ao longo dos últimos seis meses, percentual investido em ações maior que 40% do patrimônio líquido em pelo menos um mês.

São excluídos:

o Fundos com Classificação ANBIMA “Mono Ação”, “Fechados de Ações”, “Ações FMP-FGTS”, “Indexados” e “Setoriais”.

Fundos Imobiliários:

A fim de evitar que fundos com pouca liquidez façam parte da amostra, são considerados os seguintes critérios de seleção:

o Número de cotistas superior a 1.000;
o ADTV (período de análise: anual) superior a R$ 500 mil;
o Período mínimo de existência do fundo: 15 meses;
o Fundo deve ser de gestão ativa e não ser monoativo.

São considerados os fundos de fundos imobiliários (FoF), os fundos de “papel” (que investem em ativos financeiros ligados ao mercado imobiliário) e os fundos de “tijolo” (que investem diretamente em imóveis físicos).

Detalhamento do ranking de fundos de Renda Fixa, Renda Variável e Multimercado

Como métricas quantitativas utilizadas na obtenção do ranking, foram considerados (i) Índice de Sharpe e (ii) retorno absoluto, cada uma tendo metade do peso na nota final.

O Índice de Sharpe, criado por William Sharpe (vencedor do Nobel de Economia em 1990), é um indicador que permite avaliar a relação entre o retorno e o risco de um investimento. Ele mede qual é a relação entre o retorno excedente ao ativo livre de risco e a volatilidade. Para o ativo livre de risco, é considerado o CDI.

Em teoria, quanto maior o Índice de Sharpe, melhor a performance do fundo vis-à-vis seu risco. Por outro lado, assim como qualquer parâmetro quantitativo, o Índice de Sharpe não deveria ser interpretado isoladamente para a avaliação de um fundo. Fatores de preferência e/ou satisfação do investidor, tais como grau de aversão ao risco, retorno esperado, entre outros, devem ser considerados para a tomada de decisão da aplicação.

O fato de a premiação ser segregada por diferentes classes – cada qual correspondendo a determinado nível de risco – embute, de certa forma, os fatores mencionados anteriormente, auxiliando o investidor na tomada de decisão.

No caso dos fundos de Renda Fixa Crédito Privado, por possuírem volatilidade extremamente reduzida, proporcionam um Índice de Sharpe significativamente maior e sem sentido comparativo. Dessa forma, a metodologia do estudo limitou a volatilidade dos fundos dessa categoria e adotou-se o retorno simples para efeito de comparação.

Construção do ranking de três anos

O período de análise considerado é de três anos. Divide-se o período em janelas semestrais, dado que, na maioria dos casos, o “ciclo natural” de uma gestora de recursos ocorre semestralmente, principalmente com a cobrança da taxa de performance e pagamento dos bônus da equipe.

Para cada janela semestral, é calculada uma métrica quantitativa, que possui um peso maior nas janelas mais recentes, conforme percentuais arbitrados na tabela abaixo:

Ano-semestre 2021-2 2021-1 2020-2 2020-1 2019-2 2019-1
Ponderação 25,0% 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0%

Tabela 1: Peso de cada semestre para a pontuação final de cada fundo

O critério da definição dos pesos de cada semestre considera que as janelas mais recentes refletem melhor a qualificação atual do fundo, portanto possuem um peso maior. Dado que o prêmio possui periodicidade anual, os dois semestres mais recentes possuem pesos iguais, porém os pesos decaem 5% para cada um dos semestres seguintes. Assim, o ano mais recente representa 50% da pontuação final, mas as janelas restantes também são relevantes, de forma que o gestor vencedor deve mostrar consistência de resultado.

A métrica quantitativa leva em conta dois parâmetros: (i) Índice de Sharpe e (ii) Retorno, exceto para os fundos de renda fixa, para os quais é calculado apenas o retorno, conforme tabela abaixo:

Categoria Retorno Índice de Sharpe
Renda Fixa Crédito Privado 100% 0%
Multimercado 50% 50%
Renda Variável 50% 50%

Para cada semestre, a contribuição de cada parâmetro é calculada pela seguinte fórmula. Por exemplo, para o retorno:

O mesmo cálculo é realizado para o Índice de Sharpe, para em seguida serem aplicados os pesos e obtida a pontuação do fundo no semestre. Por fim, as pontuações do fundo em cada semestre são somadas, aplicando-se os respectivos pesos de cada semestre.

Vale ressaltar que fundos com menos de 36 meses também são considerados no ranking. Entretanto, nos semestres em que não há rentabilidade durante o período completo, esses fundos apresentam pontuação nula (igual a zero). Dessa forma, permitimos que fundos mais novos sejam elegíveis ao prêmio, mas, por não conseguirmos avaliar sua consistência por meio da análise de um período mais longo, eles são desfavorecidos.

Detalhamento do ranking de Fundos Imobiliários

Critérios de avaliação:

o Dividend yield dos últimos 12 meses (soma de dividendos dos últimos 12 meses dividido pelo preço de fechamento) – Peso de 20% na nota;
o Dividend yield anualizado (dividendo do último mês dividido pela cota de fechamento, multiplicado por 12) – Peso de 20% na nota;
o Retorno em relação aos peers (12 meses) – Peso de 10% na nota;
o Recorrência dos dividendos (volatilidade 12 meses) – Peso de 25% na nota;
o Sharpe Modificado ((dividend yield do fundo – DY benchmark) /desvio padrão)) [Referência: 12 meses] – Peso de 12,5% na nota;
o Sharpe Modificado ((retorno FII – benchmark (XPFT ou XPFP)) /desvio padrão)) – [referência: 12 meses] – Peso de 12,5% na nota.

Benchmark para métricas: IFIX-L ou IFIX

Pontuação dos gestores:

O melhor fundo recebe, em cada critério de avaliação, a nota 100. Os demais fundos recebem uma nota proporcional (tomando o melhor FII como referência para a nota). A nota final é resultado da soma ponderada de cada um dos critérios.

Exemplo de um fundo hipotético:

Dividend yield (últimos 12 meses): 100
Dividend yield anualizado: 80
– Retorno em relação aos peers: 50
– Recorrência de dividendos: 80
– Sharpe modificado dividendos: 70
– Sharpe modificado retorno: 100

Nota final: ((1000,20)+(800,20)+(500,10)+(800,25)+(700,125)+(1000,125)) = 82,25

Depois de os fundos receberem a nota de zero a 100, eles são ordenados e divididos em quintis: 1° Quintil recebe 5 estrelas; 2° quintil recebe 4 estrelas, e assim por diante. Ganha o prêmio o gestor que tiver o melhor fundo em cada segmento de premiação (FoF, fundo de “papel” e fundo de “tijolo”).

Os critérios de desempate são, nesta ordem: dividend yield de 12 meses, retorno e recorrência de dividendos.

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