Poupança leva 45 anos para dobrar patrimônio de investidor, enquanto Tesouro Direto demora 20

Mesmo com essa enorme diferença de rentabilidade, o investimento em poupança ainda é quase 15 vezes maior que no Tesouro Direto.

Diego Lazzaris Borges

SÃO PAULO – A rentabilidade da caderneta de poupança deixa muito a desejar e faz com que a aplicação seja uma das piores opções de investimentos da atualidade.

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Um levantamento da XP Investimentos mostra que nos últimos 3 anos, quem investiu R$ 1 mil na poupança obteve um rendimento médio de 6,40% ao ano, o que equivale a R$ 204,43. Já se esta pessoa tivesse investido no Tesouro Selic, o retorno líquido de IR teria sido 32% maior, equivalente a R$ 276,34.

Nos próximos dois anos, o Tesouro Selic renderá 21% a mais que a poupança – considerando as projeções atuais para a taxa básica de juros.

Olhando para o longo prazo e utilizando um título mais rentável, a diferença é ainda maior. Segundo o levantamento da XP, um investimento no Tesouro Prefixado feito hoje levaria 20 anos para dobrar de valor, enquanto na poupança demoraria 45 anos para que isso acontecesse

A equipe considerou o retorno real das aplicações, ou seja, descontou a inflação projetada para o período. O rendimento utilizado para o Tesouro Prefixado foi de 8,44% ao ano, considerando reaplicações com esta mesma taxa.

Mesmo com essa enorme diferença de rentabilidade, o investimento em poupança ainda é quase 15 vezes maior que no Tesouro Direto. Enquanto o saldo da caderneta é de quase R$ 800 bilhões, o Tesouro Direto tem estoque de pouco mais de R$ 54 bilhões. “Isso não faz sentido “, aponta a XP.

Bruno Saads, sócio e responsável pela área de produtos de renda fixa da XP Investimentos, aponta inúmeras vantagens do Tesouro Direto em relação à poupança. “O mix de produtos e a possibilidade do cliente criar uma carteira  com rentabilidade e prazos diferentes é um dos grandes diferencias do Tesouro Direto”, afirma Saads.

O Tesouro Direto conta atualmente com 10 títulos diferentes: seis atrelados à inflação (Tesouro IPCA+), três prefixados (Tesouro Prefixado) e um pós-fixado (Tesouro Selic).

Outra vantagem do Tesouro Direto é que o investidor não é penalizado por fazer retiradas na hora que quiser, como acontece na poupança. “A caderneta tem data de aniversário, ou seja, o rendimento só é creditado se ficar depositado por 30 dias. No Tesouro Direto você pode fazer saques na hora que precisar e terá o rendimento do período”, afirma Saads.

Além disso, o Tesouro Direto é o investimento menos arriscado que existe do ponto de vista do risco de crédito (calote do emissor), já que é garantido pelo Governo Federal. “É mais seguro do que a poupança, que tem garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), afirma Saads.

Confira abaixo as principais características dos títulos do Tesouro Direto:

Títulos Indexados à Inflação (Tesouro IPCA+)

O rendimento é composto por uma parcela de juros prefixada definida no momento da compra, mais a variação do IPCA ao longo do período. “Por essa razão, e também pela variedade de prazos disponíveis, este investimento é utilizado para objetivos de longo prazo”, aponta a equipe da XP.

É importante ressaltar que caso o investidor precise vender o título antes do vencimento ele vai receber o valor de mercado. Ou seja, o Tesouro IPCA está exposto a variações de preço do título seguindo mudanças nas taxas de juros.

Títulos Prefixados (Tesouro Prefixado)

Este título possui taxa predefinida no momento da compra. Isso quer dizer que ao adquirir o Tesouro Prefixado o investidor já sabe qual será a taxa de juros paga no final do período de aplicação.

Este título é indicado principalmente quando a taxa de juros está alta, mas existe a tendência de que ela recue. Desta forma, o investidor “trava” a sua rentabilidade com a Selic elevada, e depois, mesmo que ela caia, ele vai receber aquela rentabilidade maior ao final do prazo do investimento.

Título pós-fixado (Tesouro Selic)

O Tesouro Selic tem baixa volatilidade e limita o potencial de perdas e ganhos no caso de venda antecipada. Seu rendimento é sempre muito próximo da taxa básica de juros, a Selic. “É considerado um título para perfil conservador e uma alternativa mais atrativa ao investimento em poupança, com ganhos superiores para riscos menores”, afirma a XP.

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Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip