Como investir para ter renda mensal de R$ 2 mil?

O InfoMoney pediu ao assessor de investimentos Marcel Junkes, da Manchester Investimentos, para fazer os cálculos; confira os exemplos e comece a investir 

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – Conseguir acumular uma quantia para ter uma renda mensal complementar é um dos principais objetivos dos investidores.

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Por isso o InfoMoney pediu ao assessor de investimentos Marcel Junkes, da Manchester Investimentos, que possui certificação CFP (Certified Financial Planner) para fazer os cálculos de quanto é necessário investir e por quanto tempo para conseguir ter uma renda mensal de R$ 2 mil durante 30 anos.

A simulação levou em conta a idade de utilização da renda entre os 55 e 85 anos, mas isso pode ser adaptado para a idade de qualquer um.

Junkes explica que os cálculos são divididos em duas fases. A primeira é a de acumulação, quando o investidor fará as contribuições por meio de investimentos.

Já na segunda fase, a de renda, o investidor interrompe as contribuições e inicia as retiradas periódicas – neste caso, de R$ 2 mil por mês.

Na fase de acumulação o assessor fez simulações para prazos de 10, 20 e 30 anos até o investidor atingir 55 anos de idade – com uma expectativa de vida de 85 anos de idade.

Segundo seus cálculos, a pessoa que iniciar os investimentos aos 25 anos e fizer as aplicações ao longo de 30 anos, precisará aportar R$ 383,84 por mês para consumir todo o patrimônio acumulado dos 55 aos 85 anos ou R$ 516,19 para a preservação do patrimônio.

Para quem iniciar aos 35 anos será necessário investir R$ 840,28 ou R$ 1.130,03 por mês nos dois cenários respectivamente. E para aqueles que deixarem para iniciar mais tarde, aos 45 anos, será necessário investir R$ 2.383,58 por mês no cenário de consumo do patrimônio ou R$ 3.205,48 para a preservação total.

Veja na tabela abaixo:

Preservação do patrimônio
(viver de renda)  – R$ 2 mil por mês
Consumo do patrimônio  – R$ 2 mil por mês
Prazo de acumulação 10 anos 20 anos 30 anos 10 anos 20 anos 30 anos
Patrimônio aos 55 anos R$517.113  R$384,23
Patrimônio aos 85 anos  R$517.113  R$0,00
Contribuição mensal R$3.205,48 R$1.113,03 R$516,19 R$2.383,58 R$840,28 R$383,84

Na fase de acumulação três fatores são muito importantes: prazo, rentabilidade e valor das contribuições. Todos eles farão muita diferença lá na frente. Iniciar cedo é a chave para o sucesso financeiro. Os juros compostos (ou juros sobre juros) são transformadores nos investimentos.

Não menos importante, investimentos adequados a cada perfil e necessidade do investidor podem trazer rentabilidade significativamente superior. E por fim, uma capacidade maior de poupança pode encurtar bastante esta trajetória”, afirma.

Já na fase de renda o cenário ideal é a preservação do patrimônio acumulado. Isto quer dizer que o investidor só irá retirar o que rende acima da inflação no período. Dessa forma, o valor acumulado nunca perderá o poder de compra e assim poderá ser transmitido aos herdeiros.

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O outro cenário é o consumo do patrimônio acumulado. Assim, o valor acumulado será todo consumido até o fim da vida. Junkes considerou um CDI de 10% ao ano (mesmo que a taxa esteja abaixo disso agora, é de se esperar que nos próximos 30 anos ela mantenha uma média parecida com essa) e de inflação de 4,5% ao ano.

“Na fase de acumulação, a pessoa ainda é jovem e pode diversificar mais seus investimentos buscando assim melhores retornos. Para este período utilizaremos uma rentabilidade média de 130% do CDI. Já na fase de renda, um perfil mais conservador com rentabilidade média de 110% do CDI”, explica Junkes.

Em ambas as fases será deduzido da rentabilidade 15% de imposto de renda. Veja abaixo todas as premissas utilizadas:

Fase de acumulação Fase de renda
Rentabilidade bruta 13% ao ano 11% ao ano
Rentabilidade líquida 11,05% ao ano 9,35% ao ano
Inflação (IPCA) 4,5% ao ano 4,5% ao ano
Juro real líquido 6,27% ao ano 4,64% ao ano
Juro real líquido 0,51% ao mês 0,38% ao mês

É importante lembrar que os cálculos foram feitos considerando somente o juro real, ou seja, descontada a inflação. Assim, os valores manterão o mesmo poder de compra ao longo dos anos.

O assessor conclui enfatizando a importância de começar a investir o quanto antes.  “Quem iniciar mais cedo terá uma enorme vantagem sobre quem iniciar mais tarde, pois os juros sobre juros farão o trabalho de acumular patrimônio por si só”, destaca.

Além disso, ele lembra que é importante diversificar a carteira  para obter melhores rentabilidades e escolher bons produtos de investimento. É importante lembrar que nas corretoras a oferta de produtos mais rentáveis é maior do que nos bancos.

“É fundamental ter um acompanhamento constante dos investimentos e ajustá-lo a cada ciclo econômico. E por fim ter muita disciplina e foco no longo prazo para seguir o planejamento”, afirma.

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Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip