Crise? Veja as melhores estratégias para driblá-la e lucrar com os investimentos

Na renda fixa, a melhor estratégia é buscar investimentos pós-fixados

Leonardo Pires Uller

Publicidade

SÃO PAULO – 2015 não tem sido um bom ano para o Brasil macroeconomicamente. A inflação está muito acima do teto da meta, a economia não cresce, a meta do superávit foi cortada, os juros não param de subir e ainda é possível que o Brasil perca o selo de bom pagador de agências de classificação de risco. Em meio a tanta dificuldade, é possível encontrar boas opções de investimento? O InfoMoney conversou com especialistas e a resposta é que sim, ainda há bons investimentos no país.

Renda Fixa
A expectativa dos especialistas é que ainda aconteça ao menos mais um aumento na taxa básica de juros, assim, o investimento em papéis pós-fixados é o mais recomendado na renda fixa nesse momento.

“Como os juros continuam subindo, o melhor é seguir em títulos como o CDB (Certificado de Depósito Bancário) ou LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) que sejam atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário)”, relata Isaac Solly Diwan, assessor de investimentos da Ax Capital.

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Vale lembrar que uma das vantagens do investimento nesses títulos é a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para aplicações de até R$ 250 mil. Além disso, as LCI e LCA são isentas de imposto de renda, o que também pode se mostrar um ponto positivo na hora de escolher o investimento.

Anderson Clayton Gonçalves, da Manchester Investimentos, destaca que o momento também é interessante para ativos indexados à inflação com vencimento longo, como o Tesouro IPCA+, título do Tesouro Direto, programa de compra e venda de títulos públicos do governo federal, que é, em tese, o credor mais seguro do país. “Assim, o investidor consegue garantir uma boa taxa de juros real no longo prazo”, atesta.

Outro investimento que pode ser interessante para o investidor em renda fixa são as debêntures incentivadas. Esses títulos também são isentos de imposto de renda e contam com uma rentabilidade interessante. Anderson destaca apenas que o investidor deve olhar o rating da empresa que pretende comprar título e não alocar uma parcela muito grande de seu dinheiro em debêntures.

Continua depois da publicidade

Ações
O cenário de investimento em ações, por outro lado, é mais complicado no momento atual. Para Isaac, agora não é a hora de comprar ações. “Quem quer entrar em bolsa tem que ser corajoso ou acompanhar bem o mercado acionário”, afirma.

Para quem quiser se arriscar, Ezequiel Karling, Sócio Diretor da Moinhos Investimentos, recomenda ações de companhias que tenham sua receita ligada ao dólar, que ainda deve se valorizar mais frente ao real. “Ações de empresas com esse perfil, exportadoras, já se destacam no ano e devem continuar assim”, relata. Outra vantagem desses papéis se dá pelo fato de que, por serem empresas exportadoras, elas acabam menos expostas ao cenário doméstico ruim.

Anderson relata ainda que o investidor em ações deve focar no longo prazo e em empresas que tenham uma boa rentabilidade mesmo em momentos de dificuldades. “Existem empresas bem geridas que acabam se saindo bem, como o Itaú Unibanco, Cielo ou Porto Seguro, por exemplo”, relata.

Mesmo assim, tanto para quem quer investir em renda fixa, quanto para quem quer entrar no mercado de ações, os especialistas são unânimes em afirmar que uma boa assessoria de investimento faz toda diferença na hora de encontrar as melhores opções de investimento e evitar dores de cabeça.