Traumatizado com a bolsa e desiludido com a poupança? Veja onde investir

Confira os 10 melhores investimentos que muitos ainda desconhecem

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – Tem muitas pessoas traumatizadas com a bolsa de valores, devido à aversão a risco do mercado brasileiro, que levou o Ibovespa, principal índice da Bovespa, a fechar todos os meses de 2013, até então, em queda. A desvalorização acumulada do benchmark está em 9,8% nesse ano.

A situação está crítica para o mercado de renda variável no Brasil, o que faz os investidores correrem para alternativas mais seguras, porém, com menor possibilidade de rendimento. O investimento mais popular do país é a poupança, com a qual muitos brasileiros simpatizam por conta de sua segurança e facilidade de resgate. No entanto, seu baixo rendimento muitas vezes faz com que o investidor perca poder de compra, já que a inflação tem superado a rentabilidade da caderneta.

A pergunta que fica para os investidores em um cenário de trauma com a bolsa e desilusão com a poupança é: para onde correr? De acordo com Alexandre Souza, Diretor de Renda Fixa da HPN Invest, com um pano de fundo como esse, nada favorável tanto para poupar dinheiro, quanto para investir, as pessoas tem que procurar outras ferramentas, mas as melhores opções ainda são muito desconhecidas pelos brasileiros.

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Confira os 10 investimentos selecionados pelo diretor

1. LCI – Letras de Crédito Imobiliário:

O que é: papéis de renda fixa lastreados em créditos imobiliários garantidos por hipotecas ou por alienação fiduciária de um bem imóvel e que dão aos seus tomadores direito de crédito pelo valor nominal, juros e atualização monetária.

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Rendimento: trabalha em média 93% de CDI, têm também taxas pré-fixadas que serão cotadas no dia da operação, onde o investidor já saberá o valor a ser resgatado no vencimento.

Risco: do emissor (instituição) e de seus lastros. Possui garantia de até R$ 250 mil do FGC.

Indicação: para pessoa Física (isento de imposto) e Jurídica.

2. LCA – Letras de Crédito do Agronegócio:

O que é: título  emitido por bancos, lastreados por dívidas contraídas no setor do agronegócio. Estes títulos foram lançados pelo governo com objetivo de ampliar os recursos disponíveis ao financiamento agropecuário.

Rendimento: trabalha, em média, 94% do CDI, têm taxas pré-fixadas que serão cotadas no dia da operação, onde o investidor saberá o valor a ser resgatado no vencimento.

Risco: do emissor (instituição) e de seus lastros. Garantia de até R$ 250 mil no FGC.

Indicação: pessoa Física (isento de Imposto de Renda) e Jurídica.

3. Debêntures:

O que é: títulos de renda fixa emitidos por empresas que buscam obter recursos de médio e longo prazo para financiar as suas atividades ou quitar dívidas. Ou seja, é uma dívida que a empresa levanta com você investidor e em troca paga juro por isso.

Rendimento: trabalha, em média, com IPCA de +4% a.a. Outra opção é o CDI de +1,30% a.a., em média.

Risco: do emissor. Não possui garantia do FGC.

Indicação: pessoa Física (há opções que são isentas de Imposto de Renda), Jurídica e Institucional.

4. LF – Letra Financeira:

O que é: títulos privados emitidos por instituições financeiras – como espécie de debênture – para captar recursos.

Rendimento: Trabalha, em média, 107% do CDI. Uma opção é o IPCA de +3% a.a., em média ou taxas pré-fixas que serão cotadas no dia da operação, onde o investidor saberá o valor a ser resgatado no dia do vencimento.

Risco: do emissor. Não possui garantia do FGC.

Indicação: pessoa Física, Jurídica e Institucional.

5. CRA (Certificado e Recebíveis do Agronegócio):

O que é: “títulos de crédito nominativo, de livre negociação, representativo de promessa de pagamento em dinheiro emitido com base em lastro de recebíveis originados de negócios entre produtores rurais, ou suas cooperativas, e terceiros, inclusive financiamentos ou empréstimos relacionados com a produção, comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos ou insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária”, de acordo com a Bovespa.

Rendimento: trabalha, em média, com 109% de CDI e pode ser indexado a IPCA.

Risco: o do emissor. Não possui garantia do FGC.

Indicação: pessoa Física (isento de Imposto de Renda) e jurídica.

6. F.I.D.C – Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios:

O que é: fundos de investimento em direitos creditórios, cujas cotas são vendidas apenas para investidores qualificados. Esses fundos são divididos em duas categorias: abertos e fechados. Os fundos abertos são aqueles em que os cotistas podem efetuar mais aplicações ou solicitar o resgate de suas cotas a qualquer momento, enquanto os fechados são aqueles em que o resgate de cotas ocorre ao término do prazo de duração, ou seja, em sua liquidação.

Rendimento: segundo , em média, 108% CDI.

Risco: dos seus lastros. Não possui garantia do FGC.

Indicação: pessoa Física, Jurídica, Institucional e RPPS (Regime Próprio de Previdência Social – Institutos de Previdência).

7. CRI – (Certificados de Recebíveis Imobiliários):

O que é: “títulos de renda fixa baseados em créditos imobiliários (pagamentos de contraprestações de aquisição de bens imóveis ou de aluguéis), emitido por sociedades securitizadoras.”

Rendimento: trabalha, em média, com 109% de CDI e pode ser indexado a IPCA.

Risco: do emissor. Não possui garantia do FGC.

Indicação: pessoa Física (isento de Imposto de Renda) e Jurídica.

8. Fundos de investimento (Fundos multimercado):

O que é: Um fundo de investimento é formado pela união de diversos investidores, organizados sob a forma de pessoa jurídica, que realizam investimentos financeiros e dividem os lucros e despesas. Os fundos são geridos por especialistas, que administram os negócios.

Fundos multimercado são aqueles cujos gestores têm uma liberdade maior na alocação de sua carteira, podendo atuar em diversas modalidades de investimento disponíveis no mercado (renda fixa e variada). Esse tipo de fundo é uma boa opção quando o mercado está sem tendência, tanto na renda fixa quanto na renda variável, pois com um bom gestor, consegue-se pegar a melhor parte de um e de outro.

Rendimento: têm fundos que trabalham, em média, com 120% de CDI, dependendo da carteira de compõe o fundo.

Risco: dos ativos que compõe a carteira do fundo. Não possui garantia do FGC.

Indicação: pessoa Física, Jurídica e Institucional.

9. Títulos Públicos:

O que é: o Tesouro Direto possibilita a negociação de títulos da dívida pública pela internet. Quem decide aplicar nos papéis do governo, tem a oportunidade de minimizar os custos com investimentos, pois o investidor pode montar sua própria carteira escolhendo os prazos e os indexadores de acordo com seu objetivo. Além disso, eles possuem liquidez e são fáceis de comprar e vender.

Risco: mínimo, pois é tesouro nacional.

Indicação: pessoa Física, Jurídica e Institucional.

Conheça cinco tipos de títulos diferentes:

LTN (Letras do Tesouro Nacional)
Sua rentabilidade é definida no momento da compra (prefixada) e é um título nominativo e negociável.

Este tipo de título é ideal quando a taxa de juros está alta e existe tendência de estabilidade ou de queda. Desta maneira, o investidor “trava” a sua rentabilidade em um patamar elevado, mesmo que a taxa venha a recuar posteriormente. A emissão de LTNs é feita através de ofertas públicas (leilão) ou pelo Tesouro Direto (oferta pública sem leilão).

LFT (Letras Financeiras do Tesouro)
Diferentemente da LTN, esse título tem sua rentabilidade pós-fixada, o que significa dizer que o investidor que opta por esse título só saberá o valor de seu rendimento na data de vencimento.

O papel é atualizado diariamente com base na Selic (taxa básica de juros). Isso quer dizer que este tipo de título é ideal para quem acredita na elevação da taxa, pois assim os ganhos também serão maiores. As LFTs podem ser obtidas através de leilões ou diretamente, pelo Tesouro Direto.

NTN-B (Notas do Tesouro Nacional série B)
Quem aplica nesse papel recebe um cupom semestralmente, o que permite um aumento na liquidez.

Sua rentabilidade é pós-fixada e indexada ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), portanto o preço do papel flutua de acordo com a expectativa da inflação e o investidor que não conseguir mantê-lo até a data de vencimento pode ter uma rentabilidade maior (ou menor) do que a acordada. O título é ideal quando se espera um avanço dos índices de preços.

NTN-B Principal
Assim como a NTN-B, a nota da série B Principal permite um ganho real e protege o investidor da elevação do IPCA. A principal diferença desse papel para o anterior é a formação de preços mais simplificada, com metodologia de cálculo mais simples para o investidor, já que não há o cupom semestral.

NTN-F (Notas do Tesouro Nacional série F)
Possui rentabilidade prefixada, assim como a LTN, mas como a NTN-B, quem aplica na nota recebe semestralmente um cupom, o que possibilita aumento de liquidez e oportunidade de reinvestimento.

Esse título também é indicado para os que acreditam que a taxa de juros da economia deve cair.

10. CDB de banco pequeno

O que é: títulos emitidos pelos bancos e vendidos a investidores como forma de captar recursos. São negociados a partir de uma taxa bruta de juros anual, sem levar em conta a tributação ou inflação. Porém, quando são negociados a um prazo menor do que o mínimo contratado, sofrem incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e IRF (Imposto de Renda na Fonte).

Rendimento: Trabalha em média, 100% de CDI, têm taxas pré-fixadas que serão cotadas no dia da operação, onde o investidor já sabe o valor a ser resgatado no vencimento.

Risco: do emissor. Até R$ 250 mil no FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

Indicação: para pessoa Física, Jurídica e Institucional.