A melhor carteira de investimentos para quem tem R$ 100 mil, segundo analistas

A primeira dica dos analistas é diversificar a carteira

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – Saber onde investir o dinheiro para ter rendimentos mais consistentes no longo prazo é o desejo da maioria das pessoas. Mas conseguir montar uma carteira diversificada, adequada ao seu perfil e que garanta bons retornos, com um risco proporcional, é um desafio. 

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Segundo especialistas, o montante que você tem para investir é uma variável importante na escolha das aplicações. Isso porque muitos investimentos possuem tíquete mínimo de entrada (ou seja, você só consegue investir se tiver determinada quantia) e outros, mesmo que não exijam um valor mínimo, não valem a pena para baixas quantias – por conta das taxas.

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Pensando nisso, o InfoMoney conversou com especialistas para saber como montar uma carteira de investimentos adequada com R$ 100 mil – quantia que muitas pessoas podem ter em conta, seja depois da venda de algum bem, recebimento de alguma indenização, herança, ou apenas por acúmulo de recursos do próprio trabalho.  

Segundo os profissionais consultados, para escolher onde colocar seu dinheiro é preciso antes se fazer uma série de questionamentos. Em primeiro lugar, é importante descobrir qual o seu perfil de investidor: conservador, moderado ou agressivo. Quantos anos você tem? Quais são seus planos para o ano que vem, para os próximos cinco anos, para os próximos 10 anos? Daqui quanto tempo você irá precisar do dinheiro?  Você pretende viajar? Ter filhos? Se aposentar? As perguntas são muitas e a resposta de cada uma delas irá influenciar na escolha de seus investimentos, no entanto, existe uma regra que vale para todos os perfis: diversificação.

Carteira diversificada
De acordo com o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, a melhor opção para quem tem R$ 100 mil – levando em consideração um perfil moderado, de uma pessoa que não irá precisar do dinheiro por um tempo (de 3 a 5 anos) e tenha entre 30 e 50 anos – seria diversificar a carteira da seguinte forma: 60% do valor total em renda fixa e 40% em renda variável.

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“Nunca se deve concentrar em um tipo de investimento só. A melhor opção nesse caso seria dividir os 60% em renda fixa em dois, aplicando 30% em LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) , LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio)  ou CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários), que não pagam Imposto de Renda, e os outros 30% em títulos do tesouro atrelados à inflação. Os 40% restantes devem ser aplicados na bolsa”, indicou o analista.

Ainda segundo Galdi, a carteira de ações também deve diversificada e montada com cinco papéis (R$ 8 mil em cada). “Eu recomendo para essa quantia as seguintes ações: Vale PNA (VALE5), Randon PN (RAPT4), CCR ON (CCRO3), Hypermarcas ON (HYPE3) e Anhanguera ON (AEDU3)”, concluiu.

Investimentos Percentual da quantia total (R$ 100 mil) Dinheiro Aplicado
Renda Fixa 60% R$ 60.000,00
LCA, LCI ou CRI 30% R$ 30.000,00
Títulos do Tesouro atrelados à inflação 30% R$ 30.000,00
Renda Variável 40% R$ 40.000,00
VALE5 8% R$ 8.000,00
RAPT5 8% R$ 8.000,00
CCRO3 8% R$ 8.000,00
HYPE3 8% R$ 8.000,00
AEDU3 8% R$ 8.000,00

Cuidados com o mercado de renda variável
O analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger, lembra aos investidores que, apesar da importância em diversificar os investimentos entre renda fixa e variável (e até diversificar dentro de cada um deles), é muito importante levar em consideração o fato de que o mercado de ações é para quem tem tempo de estudar sobre o assunto e interesse em aprender, pois é complicado para leigos e o risco é muito mais elevado que o do mercado de renda fixa.

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“É preciso entender sobre o mercado para investir em ações. Por exemplo, esse não é o melhor momento para ficar atrelado ao Ibovespa (principal índice da bolsa brasileira), a não ser que seja em empresas muito sólidas. Quem acompanha sabe disso. As melhores opções agora estão nas ações ligadas à economia doméstica, em especial do setor de consumo. É hora de fugir das commodities”, afirmou o analista.

Ainda segundo ele, quem não tem tempo para acompanhar o mercado, ler as notícias diariamente e estudar sobre o assunto (análise técnica, gráfica…), deve procurar um fundo de investimento ou aplicar a parte destinada ao mercado de renda variável em ETFs (Exchange Traded Funds ou Fundos de Índice), mas não os ligados ao Ibovespa. “O ECO11 é uma ótima opção neste momento. Eu acredito que tenha potencial para crescer muito ainda. Eu não recomendo nenhum ETF atrelado a índice, como o BOVA11 e o PIBB11”, completou.