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Renda fixa dos EUA mitiga riscos locais na carteira de brasileiros, diz Howard Marks

Convidado do evento “Onde Investir 2024”, do InfoMoney, o investidor fala sobre diversificação e ganhos com ativos globais

Monique Lima

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Renda fixa internacional, além de diversificação para o portfólio de brasileiros, também adiciona estabilidade em meio a ativos locais, que são mais voláteis. Esta é a opinião de Howard Marks, cofundador da Oaktree Capital Management.  

Durante o Onde Investir 2024, evento online gratuito promovido pelo InfoMoney entre os dias 15 e 19 de janeiro, Marks afirmou que vê grande futuro para o país, mas que o Brasil sempre foi muito volátil e, para quem investe exclusivamente em ativos locais, há muitos altos e baixos que aumentam os riscos.  

A renda fixa internacional é vista por ele como um mitigador de perdas, ao garantir um nível razoável de retorno com exposição a economia que é considerada a mais segura do mundo, seja por meio de papéis públicos ou privados.  

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“Se você investir em títulos de alto rendimento dos EUA, pode obter algo em torno de 8% ao ano de forma confiável, mas não todo o ano. Em alguns anos mais, em outros, menos, mas ao longo da vida dos títulos será 8%. Acho que esse é um bom número”, diz Marks.  

Ele pondera, entretanto, que é importante ter clareza de que, no Brasil, é possível conseguir retornos maiores do que os 8% estimados para os EUA, mas quando se busca maior segurança, estabilidade e diversificação, é necessário abrir mão de algo.  

“Isso significa não ter a expectativa de ganhar toda a recompensa que se ganharia sem a diversificação. É uma troca de vantagens no retorno para ter proteção contra a volatilidade”, diz o cofundador da Oaktree.  

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A Oaktree é representada pela Gama Investimentos no Brasil, gestora do grupo HMC Capital. Eles estruturam fundos locais que replicam as estratégias da norte-americana. Marks afirma ter diversos clientes brasileiros e a principal estratégia para eles é a de diversificação de ativos e localidades.  

Fator dólar  

Se a renda fixa traz estabilidade, o dólar é um contraponto para esses títulos internacionais. Embora o investidor tenha a segurança de estar exposto a uma economia forte, com títulos de boas classificações de crédito e bons retornos, a variação cambial não é algo que se possa prever ou garantir.  

E Marks destaca que o câmbio terá impacto, mas não tem como saber previamente qual será. “Pode ser um impacto positivo ou negativo. Não dá para ganhar 8%, 10%, 12% nos mercados sem assumir incertezas e riscos. A questão é: de que maneira você quer assumir esses riscos”, diz.  

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Para mitigar essas questões, o investidor indica a busca por boas empresas, de bons fundamentos, seja para a alocação em ações ou em renda fixa privada. Segundo ele, é importante encontrar companhias que “pegarão o dinheiro emprestado, mas devolverão conforme o prometido”.  

“Não acredito em comprar títulos porque você acha que eles vão subir. Você compra porque quer ser um participante de longo prazo naquele instrumento e naquela empresa. Especular para obter lucros de curto prazo é, para mim, um grande erro”, diz Marks.  

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