Reformamos sua casa em 30 anos: o que está acontecendo com o sistema tributário brasileiro?

A reforma tributária foi o destaque desta edição do Stock Pickers; o que esperar dos ajustes já aprovados e da nova fase da proposta?

Lucas Collazo

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A reforma tributária não é uma discussão nova no Brasil, mesmo assim, segue complexa de se entender. Do ponto de vista das mudanças que o texto pode gerar, é ainda mais difícil  de compreender e mensurar como os ajustes afetarão a economia.

Compartilhamos essa dor com você e, justamente por isso, o último episódio do Stock Pickers foi dedicado ao tema. Ao lado do “Bebeto do meu Romário”, Henrique Esteter (voltou de férias finalmente), recebemos Marcos Mortari, editor de política do InfoMoney, Alexandre Manoel, economista-chefe da AZ Quest, e André Kitahara, gestor macro também da casa.

A conclusão da mesa foi: a reforma nada mais que simplifica um manicômio tributário que é vivido pelo brasileiro há anos. São geradas inúmeras distorções na economia pelas assimetrias de cobranças de municípios, isenções especificas, ou mesmo o fator cumulativo que pesa demais no bolso de todos.

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Quando perguntado sobre o aumento da carga tributária, Mortari disse que é difícil projetar se haverá esse acréscimo. Nosso sistema é tão complexo que é complicado dimensionar efetivamente qual a carga que nós temos ao todo, embora exista um dispositivo no texto da reforma que preveja não alterar para cima. Mas é muito provável que o governo não vá querer arrecadar menos também.

Sobre a tributação de renda, assunto de interesse de todos os investidores com a discussão dos dividendos, por exemplo. O jornalista deixou claro que essa pauta ainda não está clara e o texto não foi divulgado, ou seja, vamos precisar esperar.

Enquanto isso, Manoel expressa um tom otimista com Brasil e deixa claro de inúmeras formas que a reforma vai levar o país para um ambiente tributário “normal”, mais próximo do que observamos mundo a fora. Além disso, ele estima ganhos de produtividade que a nossa economia deve assistir ao longo dos próximos anos com a implementação gradual dessas mudanças.

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Para os mercados, parece que nem tudo foi incorporado nos preços. Não houve respostas otimista nos ativos.

Kitahara disse que parte disso vem da dificuldade dos investidores de compreender esse assunto tão complexo e quantificar como isso afetará os setores da economia. Contudo, ele e o time da AZ Quest, que está sendo vencedor esse ano na sua família de multimercados, seguem otimistas com o Brasil.

Para o gestor, a combinação de mais interessante é Bolsa brasileira (Ibovespa) e o juro real longo (NTN-B). São os ativos com maior exposição nos livros macro da casa.

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Ainda há espaço para esses ativos andarem, especialmente com essas mudanças estruturais que o Brasil está passando. Para entender a reforma tributária, os impactos dela na economia brasileira e como isso deve se desdobrar nos mercados, confira o último episódio do Stock Pickers.

Lucas Collazo

Host e conselheiro no fundo do Stock Pickers | Especialista em alocação e fundos de investimento no InfoMoney