Recuperação do mercado pode continuar em novembro

O mês que se inicia deve continuar contemplando assuntos que despertaram a atenção dos investidores em outubro. O foco principal deve continuar na Argentina, mesmo após o lançamento do novo programa econômico na noite desta quinta-feiraRisco Brasil parce se descolar da ArgentinaApesar da continuidade na deterioração do cenário argentino, o que se evidencia pela elevação […]

Equipe InfoMoney

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O mês que se inicia deve continuar contemplando assuntos que despertaram a atenção dos investidores em outubro. O foco principal deve continuar na Argentina, mesmo após o lançamento do novo programa econômico na noite desta quinta-feira

Risco Brasil parce se descolar da Argentina

Apesar da continuidade na deterioração do cenário argentino, o que se evidencia pela elevação do risco-país, que superou nesta quinta-feira a barreira dos 2.300 pontos, as perspectivas para o Brasil parecem apresentar alguma melhora. De fato, nos últimos dias houve um descolamento dos mercados no Brasil em relação à Argentina. A sensação do mercado é de que, por mais que o novo pacote de medidas argentino possa tentar contornar a situação, o quadro continuará extremamente delicado e que cedo ou tarde a Argentina irá entrar em um default seletivo, já que os organismos internacionais como FMI e BID não parecem dispostos a disponibilizar novos recursos ao país.

Para boa parte dos investidores, este cenário já está precificado nos ativos brasileiros, de forma que o atual nível de taxa de câmbio deve possibilitar ao país obter um superávit razoável nas contas externas. Isso diminuiu as necessidades de financiamento externo e, de certa forma, reduz a percepção de risco Brasil. Este fato pode ser acompanhado pelo mercado, principalmente nos títulos de dívida do Brasil, que se mantiveram relativamente estáveis, mesmo com a deterioração dos títulos argentinos.

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Recuperação ocorrida em outubro pode continuar em novembro

Desta forma, o mercado brasileiro já apresentou uma ligeira recuperação no final de outubro, o que pode continuar em novembro. Analistas já trabalham com a possibilidade de que as empresas já estejam com suas demandas por hedge cambial supridas, de forma que pode não haver mais pressão para a alta da moeda americana. Além disso, o fato do Banco Central ter colocado mais de US$ 10 bilhões em títulos cambiais após os atentados nos EUA, como forma de conter a depreciação do real, parece ter sinalizado ao mercado um patamar em que não há mais espaço para a contínua depreciação do real. Isso, no entanto, não significa que o dólar possa ter novos repiques de alta com novas notícias ruins da Argentina.

Dólar pode cair e bolsa subir

Caso este cenário de descolamento do Brasil em relação à Argentina continue, é possível que possamos ver uma gradativa apreciação do real frente ao dólar, procurando possivelmente um patamar de negociação inferior a R$ 2,70, caso não se configure uma situação de inflexão na Argentina.

Neste sentido, a bolsa também pode estender o movimento de recuperação iniciado no mês anterior, já que existem papéis ainda apresentando perdas superiores a 40% só neste ano. No entanto, os juros internos devem continuar em patamares elevados, dado que ainda existe uma pressão por aumento de preços via repasse da alta do dólar, apesar da desaceleração econômica.

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