Quem investiu R$ 100 mil no CDB do banco há 20 anos pode ter deixado R$ 1,2 milhão na mesa

Nos grandes bancos do país, a média de rentabilidade do CDB varia de 70% a 90% do CDI. Já nas corretoras de valores, os CDBs chegam a render 120% do CDI.

Diego Lazzaris Borges

Publicidade

SÃO PAULO – Investir é a melhor maneira de fazer o dinheiro trabalhar para você. Mas a escolha das aplicações certas faz toda diferença no resultado desse trabalho passivo realizado pelos juros compostos.

Mesmo quando falamos de um mesmo produto de renda fixa, a diferença de rendimento pode ser enorme. Um exemplo claro dessa discrepância é a rentabilidade do título mais comum encontrado no mercado – o CDB (Certificado de Depósito Bancário).

Nos grandes bancos do país, a média de rentabilidade do CDB varia de 70% a 90% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) para aplicações com liquidez diária. E um pouco mais do que isso para quem aceita ficar mais tempo com o papel.

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Já nas corretoras de valores, CDBs com liquidez diária são encontrados aos montes pagando mais de 101% do CDI. Aqueles com carência de dois ou três anos chegam a render até 120% do CDI. Abra sua conta na XP e invista nos melhores CDBs.

Sabe o que isso significa? Que no longo prazo, quem investe nos melhores CDBs acumula muito mais dinheiro sem nenhum trabalho adicional – apenas tomando a decisão certa na hora de investir.

Olha só como os números não mentem. Se no primeiro dia de janeiro do ano 1999 você tivesse investido R$ 100 mil no CDB de um grande banco (que pagava 80% do CDI) e não tivesse mexido nunca mais naquele dinheiro até o final do ano passado, teria acumulado R$ 689 mil – já com o desconto do Imposto de Renda.

Continua depois da publicidade

Se o mesmo investidor fosse mais astuto e tivesse aplicado em um CDB que pagava 120% do CDI, ele teria agora R$ 1,914 milhão. Parece mentira, mas não é: a diferença de rentabilidade chega a R$ 1,2 milhão nestes 20 anos.

É claro que não existe um CDB com vencimento em 20 anos. Mas nos grandes bancos, a reaplicação costuma ser automática: sempre que um CDB está próximo do vencimento, o gerente reaplica em outro papel com a mesma taxa. Nas corretoras, o investidor precisaria reinvestir o dinheiro a cada vencimento.

O objetivo desta comparação é mostrar que tomar a decisão de investir em um produto melhor pode fazer uma grande diferença nas suas finanças, principalmente no longo prazo.

Continua depois da publicidade

“O desconhecimento custa muito caro para os investidores”, afirma o assessor de investimentos Jorge Luis Prado, da Sal Investimentos. “O investidor leigo possui dificuldade de entender o que isso representa em suas aplicações –  por isso é importante mostrar e destacar os valores”, afirma.

Prado fez outros cálculos, com um montante inicial menor. Quem tinha uma reserva financeira 100 salários mínimos no dia 1º janeiro de 2001 (equivalente a R$ 15.100) e deixou aplicado até o dia 1º de Janeiro de 2019, teria resgatado os seguintes valores:

Caderneta de Poupança = R$ 58.401,67.

Publicidade

CDBs de grandes bancos (em média 80% do CDI) = R$ 88.172,68

CDBs de corretoras (em média 120% do CDI) = R$ R$ 213.004,53

“O desconhecimento, desinteresse e comodismo em procurar novas alternativas de investimentos pode custar muito caro ao longo do tempo”, alerta o assessor.

Continua depois da publicidade

Garantia do FGC

O argumento de que investir pelo banco é mais seguro não se justifica por conta da garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Ele funciona como um seguro para aplicações no CDB de até R$ 250 mil, por CPF e instituição financeira.

“Para o investidor, o FGC representa a tranquilidade de que suas aplicações estão seguras mesmo em situações extremas, como a falência de uma instituição”, diz o assessor.  Caso o investidor tenha recursos superiores a R$ 250 mil, é recomendado que divida o montante em 2 ou mais emissores de diferentes conglomerados”, aconselha.

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip