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SÃO PAULO – O ouro atingiu seu pior patamar nos últimos 2 anos nesta segunda-feira, quando chegou a cair 9% cotado a US$ 1.366 a onça troy. Na última sexta-feira (12), o metal já havia apresentado forte desvalorização ao fechar abaixo dos US$ 1.500 a onça troy. Com uma queda de 12,4% em apenas 2 dias, será que este é um bom momento para comprar o metal precioso?
“Eu acho que essa queda é uma boa hora para começar a se expor em ouro no curto prazo. Não é para desenhar uma linha na areia, mas eu acho que em algum ponto nas próximas semanas, você provavelmente vai ver uma forte tendência contrária no curto prazo”, defende o colunista do site Market Watch, Cody Willard.
Em contrapartida, o gerente de negócios da Reserva Metais, Edson Magalhães acredita que é interessante aguardar mais alguns dias para comprar ouro. “Dado esse quadro em que muitos fundos estão liquidando suas posições no metal, é melhor esperar um pouco para comprá-lo”, sinaliza. “[a onça troy] Ainda deve cair mais cerca de US$ 50 amanhã com liquidações restantes”.
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O que aconteceu?
De acordo com o especialista, a fala do presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mário Draghi, sobre uma possível utilização do ouro do Chipre como forma de honrar o compromisso com a União Européia foi um fator que jogou o preço do metal para um baixo patamar, gerando uma quebra do suporte e uma consequente elevação nas vendas, o que gerou um “efeito manada” por parte dos fundos que estavam posicionados no ouro.
Adicionalmente, Magalhães cita que alguns dados econômicos ruins vindos dos EUA e da China, com a queda da produção industrial e resultado pior do que o esperado do PIB, se tornaram drivers negativos para o metal precioso.
Riscos
É importante lembrar que o ouro é um ativo considerado de alto risco para o curto prazo. Isto porque as oscilações do metal podem “pegar de surpresa” investidores menos experientes e os prejuízos podem ser grandes para quem pretende apenas especular. De acordo com especialistas, o ouro é um ativo interessante para quem pretende diversificar o portfólio no longo prazo, especialmente em momentos de incertezas econômicas, quando os ativos “reais” tendem a ganhar valor.
