Queda de juros lá fora pode ser “gatilho” para BC acelerar corte da Selic, avalia SPX

Se ocorrer, movimento para acelerar redução deverá acontecer até março, na visão de Rogério Xavier

Bruna Furlani

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O início do corte de juros em países desenvolvidos deve ser o gatilho para o Banco Central brasileiro avaliar se deve incrementar o ritmo de queda da Selic. A avaliação foi feita por Rogério Xavier, CEO da SPX Capital, nesta segunda-feira (29).

“O que vai dar o trigger [gatilho] para essa discussão vai ser o início do corte de juros nos países desenvolvidos. Tanto Estados Unidos, como Europa e Inglaterra, eu acho que vão começar a cortar os juros em março”, destacou o executivo durante evento do UBS.

Atualmente, a Selic está em 11,75% ao ano e o consenso de mercado aponta que o BC deve reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 11,25% ao ano, na reunião desta quarta-feira (31), mantendo o ritmo dos últimos encontros.

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Para Xavier, se a autoridade monetária decidir aumentar o ritmo, deverá tomar a medida até março. A razão, explica, é a expectativa da casa de que, até lá, as projeções de economistas para a inflação em 2024 fiquem muito próximas da meta do Banco Central. A meta de inflação para este ano é de 3%, com intervalo de 1,5 ponto para cima ou para baixo.

Ao analisar as projeções para a inflação dos cinco economistas que mais acertam no Boletim Focus, Xavier afirma que a expectativa para 2024 já está em torno de 3,40% ou 3,50%. A casa, porém, tem uma estimativa ainda mais agressiva, de 3,30%.

Outro aspecto que deverá ser monitorado com atenção pelo BC para incrementar o ritmo de quedas é a atividade econômica. “Falta uma melhor visibilidade no mercado de trabalho e falta o Focus reagir mais fortemente para projetar a inflação na meta para 2024 e 2025”, acrescentou o CEO da SPX.