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Investidores não ficariam surpresos se avisados no início deste ano que a renda fixa geraria retornos robustos. A classe vem se consolidando como porto seguro dos brasileiros, que lidam cada vez mais naturalmente com juros básicos acima dos dois dígitos.
Investidores puderam aproveitar a segurança do Tesouro Selic ou arriscar com a marcação a mercado do Tesouro Prefixado. Nos títulos bancários, CDBs, LCIs e LCAs também foram boas opções para as carteiras.
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Rafael Winalda, especialista em Renda Fixa do Inter, calculou, a pedido do InfoMoney, o rendimento líquido de R$ 10 mil nas principais aplicações de renda fixa ao longo de 2025. Mas é importante destacar que, por se tratar de títulos de renda fixa, os retornos calculados por Winalda só se aplicam a quem comprou os papéis na primeira oportunidade do ano e os vendeu no último dia 19, data-base para o cálculo. Confira os rendimentos:
Poupança
A caderneta é uma velha conhecida dos brasileiros, mas os investidores já sabem que o instrumento não gera bons rendimentos. A poupança foi a pior aplicação de renda fixa em 2025 em termos de rentabilidade, como já era esperado.
Quem investiu R$ 10 mil na caderneta em 1º de janeiro pôde retirar R$ 10.800 em 19 de dezembro, um retorno de 8% líquido.
A poupança é isenta de Imposto de Renda, mas oferece rendimento baixo, de 0,5% ao mês – ou 6,17% ao ano – mais a variação da TR (Taxa Referencial), o que dá algo em torno de 0,6% mensais. Quando a Selic cai a 8,5% ao ano ou abaixo, a regra do rendimento da poupança muda e a caderneta passa a entregar 70% da Selic mais a TR.
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Tesouro IPCA+ 2029
O Tesouro Direto disponibiliza algumas opções de vencimento no Tesouro IPCA+. Os papéis disponíveis na plataforma do programa têm vencimento até 2060, mas o mais curto deles é o Tesouro IPCA+ 2029, que entregou rendimento líquido de 9,60% ao longo de 2025.
Após uma aplicação de R$ 10 mil no início do ano, o investidor teria direito a um resgate de R$ 10.960, já considerando o desconto do Imposto de Renda que incide sobre aplicações em títulos públicos.
Tesouro Selic
Em rendimento, o título pós-fixado do Tesouro Direto foi superior ao título de inflação neste ano. O papel é considerado o investimento mais seguro do País e muito usado para a reserva de emergência dos investidores.
Em 2025, quem aportou R$ 10 mil na segurança do Tesouro Selic teve a chance de resgatar R$ 11.140 em 19 de dezembro.
LCI/LCA 85% do CDI
A taxa nominal mais baixa das Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio podem enganar os mais desatentos. Apesar de geralmente não pagarem perto de 100% do CDI, esses títulos bancários são isentos de Imposto de Renda, fazendo com que esse tipo de aplicação compense para os investidores.
Não à toa, os papéis que prometiam 85% do CDI de rendimento líquido transformaram R$ 10 mil em R$ 11.140, o mesmo que o Tesouro Selic, que tem taxa nominal acima do CDI.
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CDB 105% do CDI
“Primos” das LCIs e LCAs, esses títulos bancários entregaram remuneração maior quando a taxa prometida era de 105% do CDI – um pouco acima da média entregue pelas instituições financeiras ao longo do ano.
Foi possível transformar R$ 10 mil em R$ 11.200 nos últimos 12 meses com esses títulos, que têm incidência de Imposto de Renda, ao contrário das LCIs e LCAS.
Tesouro Prefixado 2031
Já quem tomou mais risco no título de vencimento intermediário do Tesouro Prefixado se deu bem e conseguiu lucrar com a marcação a mercado no fim do ano. Um investimento de R$ 10 mil nesse papel retornaria R$ 12.070 em dezembro, caso o investidor saísse da aplicação antecipadamente.
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Diferente do Tesouro Selic, o Tesouro Prefixado é considerado arriscado. Especialistas recomendam a compra desse título quando há expectativa para início de queda da Selic, como no cenário atual.