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Enquanto o mercado financeiro antecipa o fim do ciclo de alta dos juros, as taxas dos títulos públicos caem. O Tesouro Prefixado 2028, que chegou a pagar 15,01% ao ano em fevereiro, atualmente tem remuneração de 13,60% ao ano. No Tesouro Selic, porém, a remuneração permanece robusta, acompanhando os juros básicos em 14,75%.
Isto porque, apesar das taxas em queda nos títulos prefixados e de inflação, o retorno do Tesouro Selic é pós-fixado, ou seja, depende de outro indicador – no caso a Selic – para ser definido. Logo, enquanto a taxa básica de juros não for alterada, a remuneração do papel segue acompanhando a maior Selic desde 2006 – com um pequeno acréscimo de 0,06% a 0,1% ao ano.
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Com essa taxa, um investimento de R$ 10 mil rende um lucro líquido de R$ 1.185,69 em um ano, já descontando Imposto de Renda e a taxa de custódia de 0,2% cobrada pela B3. O montante de R$ 10 mil é, inclusive, o piso para a cobrança da taxa. Investimentos abaixo desse valor são isentos.
| Quanto rendem R$ 10 mil aplicados no Tesouro Selic? | ||||||
| Período | 1 mês | 6 meses | 1 ano | 5 anos | 10 anos | 30 anos |
| Valor resgatado | R$ 10.087,12 | R$ 10.537,59 | R$ 11.185,69 | R$ 18.139,06 | R$ 34.062,97 | R$ 477.791,82 |
É importante pontuar que a simulação considera a manutenção da Selic em 14,75%, cenário mais provável para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que decide os rumos dos juros básicos. No entanto, há quem aposte em aumento entre 0,25 e 0,50 ponto percentual na taxa.
De todo modo, a expectativa do mercado é que os juros não fiquem em um patamar tão restritivo por muito tempo, com projeções que apontam para um ciclo de queda dos juros no início de 2026, o que impacta diretamente a remuneração do Tesouro Selic.
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O título pós-fixado do Tesouro Direto é considerado o investimento mais seguro do Brasil. Comprá-lo significa, na prática, emprestar dinheiro para o governo em troca de uma remuneração no momento do resgate.
O Tesouro Selic é amplamente indicado para composição da reserva de emergência, montante geralmente equivalente a seis meses do custo de vida dos investidores que serve para ser acionado em imprevistos como perda de renda ou acidentes. Possibilidade de resgate rápido sem prejuízos, segurança e rentabilidade são os fatores que fazem do título um dos mais indicados para a reserva de emergência.
Investidores ainda usam o Tesouro Selic para a reserva de oportunidade, um dinheiro que fica em “modo de espera”, pronto para ser usado quando um bom papel é encontrado.