Quais FIIs renderam mais nos últimos 12 meses? Valorização chega a 30%; confira lista

A lista foi destaque do Liga de FIIs, programa sobre fundos imobiliários do InfoMoney, que completa um ano

Wellington Carvalho

Publicidade

Com uma valorização de quase 30%, o Riza Arctium Real Estate (ARCT11) é o fundo imobiliário com maior retorno nos últimos doze meses encerrados em junho, período marcado por desafios como elevação dos juros, restrições impostas pela pandemia da Covid e até pela ameaça de tributação dos dividendos dos fundos.

O tema foi destaque da edição desta terça-feira (5) do Liga de FIIs, programa semanal sobre fundos imobiliários produzido pelo InfoMoney, que completa um ano neste mês.

Em alusão à data, Maria Fernanda Violatti, analista da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, jornalista do InfoMoney, fizeram um balanço dos últimos 12 meses para o segmento de fundos imobiliários.

Série exclusiva

Renda Extra Imobiliária

Descubra o passo a passo para viver de renda e receber seu primeiro aluguel na conta nas próximas semanas, sem precisar ter um imóvel

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Na lista das maiores baixas do período, o Kilima (KISU11) encabeça a relação com perdas de 28,74%, seguido do BB Progressivo II (BBPO11), XP Industrial (XPIN11) e RBR Properties (RBRP11), com quedas na casa de 21%.

Entre os destaques de alta, está o Riza Arctium Real Estate. O fundo, que já havia fechado o semestre como o maior pagador de dividendos, também ostenta 29,58% de valorização nos últimos 12 meses, maior percentual entre os FIIs. Confira a lista:

A lista toma como base a variação das cotas e a distribuição de dividendos nos últimos doze meses, considerando os fundos imobiliários que compõem o IFIX – índice que reúne os FIIs mais negociados na Bolsa.

Continua depois da publicidade

Descubra o passo a passo para viver de renda com FIIs e receber seu primeiro aluguel na conta nas próximas semanas, sem precisar ter um imóvel, em uma aula gratuita.

Por dentro do Riza Arctium Real Estate (ARCT11)

Com uma área bruta locável (ABL) de 170 mil metros quadrados, o portfólio do Riza Arctium Real Estate é composto por nove imóveis localizados em Goiás, São Paulo, Ceará, Mato Grosso e Minas Gerais.

Os espaços estão locados para inquilinos ligados a setores como materiais básicos, energia, agronegócio e consumo. Entre os locatários, há nomes como, Granol, Andorinha Transportes, Rede Monte Carlo e a própria Cervejaria Imperial.

Considerado um fundo híbrido – que investe também em certificados de recebíveis imobiliários –, a carteira tem um patrimônio líquido de R$ 324 milhões e a base de cotistas atualmente está em 23.040.

Em junho, a carteira depositou R$ 1,86 por cota, montante equivalente a um retorno mensal com dividendos de 1,70%. Em 12 meses, o percentual é de 9,88%.

Maria Fernanda aponta que, apesar de o Riza Arctium ocupar a primeira posição da lista dos fundos que mais subiram, a maior parte dos FIIs da relação é do tipo “papel”, que investem em títulos de renda fixa atrelados à índices de inflação e à taxa do CDI (certificado de depósitos interbancários).

“Já era esperado que esse tipo de fundo imobiliário entregasse um retorno expressivo dado o contexto que temos observado nos últimos meses, de pressão inflacionária e aperto monetário”, afirma a analista.

12 meses de importantes desafios para os FIIs

Mais do que analisar as maiores altas e baixas dos fundos imobiliários ao longo de um ano do Liga de FIIs, Maria Fernanda e Otuki também relembraram os principais temas em discussão em julho de 2021, mês de estreia do programa.

Além do fantasma da tributação dos dividendos dos fundos imobiliários – ponto que acabou sendo retirado da proposta de reforma tributária em discussão na época –, havia ainda uma forte preocupação com a pandemia da Covid-19, que matava mais de 1.700 pessoas por dia.

No cenário macroeconômico, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ainda estava em um dígito, assim como a taxa básica de juros da economia nacional, a Selic, com um percentual de 4,25%.

“A gente percebeu que o macro [juros e inflação] piorou bastante, dificultando a tomada de decisão do investidor”, analisa Otuki. “Um dos piores inimigos dos ativos de renda variável, entre eles os fundos imobiliários, é exatamente a taxa de juros”, diz.

A elevação dos juros torna mais rentáveis as aplicações de renda fixa – que tradicionalmente embutem menor risco. O movimento acaba atraindo os investidores de renda variável, que perdem a atratividade.

Otuki lembra ainda que, ao longo dos últimos 12 meses, houve também períodos de aumento nos casos de Covid-19 e a própria guerra na Ucrânia, que impactou no preço de commodities e elevou a inflação em todo o mundo.

Confira mais análises a fatos que influenciaram o mercado de fundos imobiliários nos últimos 12 meses na edição de ontem do Liga de FIIs. Produzido pelo InfoMoney, o programa vai ao ar todas as terças-feiras, às 19h, no canal do InfoMoney no Youtube. Você também pode rever todas as edições passadas.

Descubra o passo a passo para viver de renda com FIIs e receber seu primeiro aluguel na conta nas próximas semanas, sem precisar ter um imóvel, em uma aula gratuita.

Newsletter

Liga de FIIs

Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.