Proteção de bancos centrais contra default é limitada, diz Pimco

Gestora alertou que bancos centrais são sujeitos a limites em termos do que podem fazer para a proteção contra o possível aumento da inadimplência

Bloomberg

(Getty Images)

(Bloomberg) — A Pacific Investment Management faz um alerta a investidores de crédito: os bancos centrais não podem fazer muito para protegê-los de perdas, se a onda de empréstimos corporativos impulsionada pela pandemia disparar a inadimplência.

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Empresas acumulam dívidas quando também enfrentam a pressão da transição para modelos de negócios digitais e ecológicos, bem como o impacto da pandemia, disse Joachim Fels, consultor econômico global da Pimco, em resposta a perguntas da Bloomberg News após apresentar o cenário secular de outubro da gestora de ativos.

Investidores precisam ter em mente que bancos centrais são sujeitos a limites em termos do que podem fazer para a proteção contra o possível aumento da inadimplência, disse.

“Com a dívida corporativa muito maior agora e a transição do físico para o digital e do ‘marrom’ para o verde criando muitos perdedores, podemos estar a caminho de um ciclo de default”, disse Fels, que assessora a Pimco, com US$ 1,92 trilhão em ativos sob gestão. “Os bancos centrais não podem proteger os investidores da inadimplência” e da redução no valor recuperável de ativos.

O Federal Reserve dos EUA e o Banco Central Europeu injetaram uma escala sem precedentes de estímulo na economia ao comprar um total combinado de US$ 76,4 bilhões em títulos desde março para apoiar o mercado de crédito durante a turbulência do coronavírus.

Isso efetivamente criou um universo de duas camadas para dívida corporativa com uma classe elegível para ajuda de bancos centrais e uma categoria não elegível mais exposta a potenciais choques.

Fels disse acreditar que os bancos centrais “muito provavelmente aumentarão” as compras de ativos se a pandemia afetar ainda mais o processo de recuperação econômica. Isso criaria uma barreira para detentores do crédito com grau de investimento, que tem sido o foco dos programas corporativos de flexibilização quantitativa anunciados no início deste ano.

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