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SÃO PAULO – A indústria de private equity não passou imune pela crise, mas ainda é cedo para falar em obituários. A sentença, sugerida por Thomas Meyer, do Deutsche Bank, ajuda a entender um pouco mais do relatório divulgado pelo banco na última segunda-feira (20).
De acordo com o especialista, os danos no mercado não foram poucos e o alto grau de incerteza continua deixando difícil ter sucesso nas aplicações. Só no ano passado, os fundos europeus perderam, em média, cerca de 25% do valor de mercado, mostrando que os impactos trazidos com a recessão estão longe de serem considerados insignificantes.
Entretanto, Meyer acredita na existência de dois aspectos que devem ajudar a indústria de private equity a se recuperar, de forma a ser prematuro falar em possíveis “obituários”. A visão do analista diz ainda que o mau momento da economia pode inclusive ser oportuno, por se tratar de um bom ponto de entrada para quem está interessado no segmento.
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Argumentos levantados
De acordo com o especialista do Deutsche Bank, há duas qualidades que podem ajudar a indústria a superar a crise: em primeiro lugar, muitos fundos de private equity têm consideráveis reservas de capital, que podem ser usadas para oferecer suporte às companhias do portfólio ou explorar novas oportunidades de investimento.
“Em segundo lugar, cada vez mais companhias estão precisando se reestruturar. Assim, os fundos de private equity podem alavancar seus ganhos tradicionais”, completa Thomas Meyer.
Quanto à visão positiva sobre o ponto de entrada, o especialista lembra que, historicamente, os retornos dos fundos de private equity são maiores em épocas de baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), sugerindo que as aplicações podem se beneficiar da queda nos preços vivida durante uma recessão.
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“Entretanto, é importante ressaltar que é necessário levar em consideração os maiores riscos macroeconômicos na análise”, pondera o especialista, que completa: “ademais, nem todo potencial vendedor está disposto a aceitar uma redução muito drástica nos preços”.