Primeiro fundo de debêntures incentivadas completa 2 anos

Este ano, a rentabilidade acumulada do fundo está em 6%. Desde o início, o retorno foi de 27,7%.

Equipe InfoMoney

(Divulgação/Eletrobras)

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SÃO PAULO – O XP Debêntures Incentivadas, primeiro fundo de debêntures incentivadas aberto para o público em geral do mercado, completou dois anos no dia 24 de abril. O fundo busca valorização por meio da aplicação em debêntures de infraestrutura, que trazem isenção fiscal para investidores pessoas físicas e também para o fundo, desde que ele cumpra alguns pré-requisitos.

Este ano, a rentabilidade acumulada do fundo está em 6%. Desde o início, o retorno foi de 27,7%. O fundo possui um mínimo de aplicação acessível de R$10.000, com liquidez em 30 dias. O patrimônio atual do XP Debêntures Incentivadas é de R$ 73 milhões.

Fausto Filho, gestor do XP Debêntures Incentivadas, destaca que o fundo tem um portfolio de crédito alocado em projetos de longo prazo e com risco de mercado (majoritariamente as emissões são indexadas ao IPCA). “Por isso, a análise criteriosa dos projetos/emissores e a característica dos títulos, como duration e spread de credito são essenciais. Dessa forma, a gestão deve aliar análise de crédito e acompanhamento do comportamento das expectativas sobre nível de juros e inflação”, explica.

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De acordo com José Tibães, analista de fundos da XP Invesitmentos, o cliente pode utilizar esse tipo de fundo como parcela da sua carteira dedicada à inflação, dado que grande maioria das debêntures investidas são indexadas aos índices de preços. “Além disso, os produtos geram um retorno adicional dos ativos de crédito privado e oferecem isenção fiscal para o investidor pessoa física, o que é um grande diferencial.”, afirma.

Outras casas lançaram produtos com as mesmas características, posteriormente, como Brasil Plural, Credit Agricole e Fator. Estima-se que tal categoria já soma mais de R$ 300 milhões na indústria.

Debêntures de infraestrutura
As debêntures de infraestrutura foram criadas com a Lei 12.431, que busca fomentar o mercado privado de financiamento de longo prazo e estimular o mercado secundário, especialmente em projetos de infraestrutura, reduzindo-se a dependência de bancos públicos e BNDES.

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A aplicação é isenta de Imposto de Renda para investidores pessoa física, mas fundos também oferecem esse benefício, desde que cumpram alguns limites de concentração previstos em regulamento: após os primeiros 180 dias e até o 2º ano do início fundo, a carteira deve ser composta por, no mínimo 67% de seu patrimônio em Ativos de Infraestrutura. Após o 2º ano, esse percentual mínimo passa a ser de 85%.