Como investir aos 25 e aos 45 para se aposentar rico

Melhores aplicações variam de acordo com a idade e o perfil de cada um

Paula Zogbi

Publicidade

SÃO PAULO – A votação da reforma da previdência pode significar o início de uma nova relação do brasileiro com a aposentadoria. Mas independentemente do INSS e da previdência social, investir bem desde cedo é essencial para garantir uma velhice confortável financeiramente.

Normalmente, a previdência privada é a primeira aplicação buscada visando aposentadoria. Mas, de acordo com Daniel Sena, planejador financeiro com certificado CFP do Grupo Vermont, esta dificilmente será a melhor opção para quem busca maior rentabilidade.

“O produto previdência privada nada mais é do que um fundo de investimentos com particularidades no que tange tributação e sucessão. Assim, quem quer poupar para o seu futuro não tem que fazer isso necessariamente via previdência privada”, explica o especialista.

Aula Gratuita

Os Princípios da Riqueza

Thiago Godoy, o Papai Financeiro, desvenda os segredos dos maiores investidores do mundo nesta aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Segundo ele, os melhores investimentos para a aposentadoria dependem do perfil e da idade do investidor.

Um jovem em início de carreira, por exemplo, normalmente tem pouco recurso para investir a priori e, com isso, dificilmente conseguiria bons produtos em previdência privada: “quanto mais baixo o volume de investimentos, maiores tendem a ser as taxas de administração e taxa de carregamento, quando houver”, detalha Sena.

Para essas pessoas, ainda seguindo a lógica dos recursos limitados disponíveis, o consultor recomenda a compra de títulos públicos via Tesouro Direto. Considerando aplicações para aposentadoria, o investidor pode buscar vencimentos mais longos, como o Tesouro IPCA + com vencimentos em 2035, 2045 ou 2050.

Continua depois da publicidade

Neste caso, é importante adequar o vencimento do título ao ano que pretende resgatar o dinheiro de fato. Assim você garante o rendimento exato que foi contratado na hora da aplicação, sem risco de oscilações de preço.

A vantagem destes títulos atrelados à inflação é que, independentemente da inflação que houver no período da aplicação, o seu ganho sempre será real, acima dos índices de preços – portanto, seu poder de compra sempre será mantido.

Quem possui capital mais elevado e, principalmente, perfil mais arrojado, pode buscar alternativas na bolsa de valores ou nos investimentos via fundos de ações.

“O custo destes produtos normalmente é muito mais baixo do que a taxa de administração que incide sobre os produtos previdenciários”, lembra o consultor do Vermont. “Fundos tradicionais, de renda fixa ou multimercados, acabam tendo uma desvantagem relevante por causa do come-cotas que é o imposto de renda cobrado semestralmente”, ressalva.

Ele lembra ainda que nunca é tarde para começar a poupar. “Uma pessoa com mais idade tem o incentivo da sucessão patrimonial no caso de ter dependentes. Isso pode pesar a favor da previdência privada”, diz Sena, lembrando que este é um produto transferido imediatamente aos herdeiros sem entrar em inventário.

Neste caso, é essencial encontrar bons planos e conhecer o produto contratado. “Em geral os produtos das companhias independentes, não ligados à rede bancária, são mais atrativos em termos de custo. O caminho mais fácil para encontra-los é nas corretoras que distribuem previdência privada”, aconselha.

Com relação aos formatos, é importante saber a diferença entre regimes regressivo ou progressivo e PGBL ou VGBL. Quem realiza declaração de imposto de renda no modelo completo deve, em geral, optar pelo PGBL, pois assim poderão abater da base de cálculo de imposto até 12% da sua renda tributável. Quem opta pelo modelo simples, deve ficar com o VGBL.

O especialista também lembra que o regime regressivo deve ser priorizado por pessoas que iniciam o investimento quando jovens, para o longo prazo, para usufruir da alíquota decrescente. “Em contrapartida, quem está fazendo um investimento de curto prazo porque está perto de usufruir do benefício por exemplo, deve optar pelo regime progressivo”, finaliza Sena.

Tenha acesso aos melhores produtos de previdência privada, com a assessoria da melhor corretora do Brasil: abra uma conta gratuita na XP!

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney