Economista lista 5 motivos que podem fazer plano de previdência ser um verdadeiro tiro no pé

Investir em previdência é uma ótima opção, mas aplicação tem que ser feita da maneira correta

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Poupar e investir é o caminho mais seguro para ter uma aposentadoria confortável e sem se preocupar com dinheiro. E uma das melhores maneiras para investir para atingir esse objetivo é aplicar em um plano de previdência. No entanto, apesar de ser uma modalidade de investimento muito popular, um plano mal escolhido pode ser um verdadeiro tiro no pé. O InfoMoney conversou com a economista e assessora de investimentos da Atlas Invest Carollyne Mariano que apontou algumas escolhas ruins que podem fazer com que seu investimento seja uma péssima para você.

1 – Seu plano não está de acordo com a forma como você declara o imposto de renda
Para pessoas que declaram o imposto de renda pela versão completa, o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é uma excelente pedida, uma vez que é possível deduzir até 12% da renda tributável com aplicações nesse fundo. Assim, o investidor pode adiar o pagamento de IR e, na hora de sacar seu investimento, pagar uma alíquota menor, dependendo do caso. Já para quem declara pelo modo simplificado, o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é uma alternativa mais interessante.

2 – A forma de tributação do seu plano não condiz com suas necessidade
O investidor pode optar por duas tabelas de impostos na hora de comprar um plano de previdência: a progressiva e a regressiva. A progressiva tem as alíquotas de IR aumentadas conforme o valor do resgate sobe, chegando a um teto de 27,5% para saques acima de R$ 4,271,59 por mês. Já a regressiva usa o tempo como medida: quanto mais tempo o investidor aplicar, menos impostos ele pagará, chegando a um piso de apenas 10% para uma aplicação com prazo acima de dez anos. Carollyne explica que, como a previdência costuma ser um investimento de longo prazo, a tabela regressiva costuma ser a mais indicada.

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3 – Seu fundo cobra taxa de carregamento
“O principal ponto na hora de investir em um plano de previdência é jamais pagar taxa de carregamento, isso é extremamente danoso no curto e principalmente no longo prazo”, comenta a economista. A taxa de carregamento é aquela que toma o dinheiro do investidor antes mesmo de aplicá-lo no fundo, é como se fosse um pedágio para poder investir.

4 – A taxa de administração de seu fundo é alta demais e não se justifica
A ideia da taxa de administração é remunerar a equipe de administra e gere o fundo. No entanto, quando se aplica em um fundo conservador que, basicamente, aplica apenas em títulos públicos, como é o caso de muitos planos de previdência, não faz sentido pagar uma taxa de administração alta. Geralmente, fundos geridos por seguradoras independentes costumam ter taxas mais baixas.

5 – A estratégia de seu fundo não combina com seu perfil
“Uma pessoa mais jovem pode, tranquilamente, tomar algum risco em seus investimentos para aumentar sua rentabilidade”, aponta Carollyne. Assim, a economista afirma que faz bastante sentido um jovem aplicar em um fundo que invista em ações, ao invés de ficar preso a um fundo com baixíssima rentabilidade e extremamente conservador, por exemplo.