Déficit dos fundos de pensão atinge R$ 65 bilhões até novembro de 2015

Pelo terceiro ano seguido, queda do Ibovespa tem impacto direto na rentabilidade dos fundos de pensão

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), mostrou que os ativos dos fundos de pensão somaram R$ 732,5 bilhões em novembro de 2015, com uma rentabilidade de 216% no acumulado dos últimos 10 anos (considerando em 2015 o período até novembro) –  a meta atuarial era de 213%. Os dados, porém, apontam que o setor registrou um déficit de R$ 64,9 bilhões, entre janeiro e novembro de 2015, resultado que, segundo a Abrapp, deve-se ao crescimento do passivo atuarial e ao desempenho dos investimentos em 2015.

“Vivemos um momento conturbado, basta olhar o resultado da bolsa de valores nos últimos anos. Em 2015, O Ibovespa, principal índice da BM&F Bovespa, amargou prejuízo pelo terceiro ano consecutivo, com queda de 13,31%. De 2012 a 2015, a queda acumulada foi de 29%, pior resultado entre as grandes bolsas globais. Evidente que isso tem impacto direto na rentabilidade dos fundos de pensão”, afirma José Ribeiro, presidente da Abrapp.

Em relação ao crescimento do passivo atuarial, Ribeiro afirma que é uma realidade à qual os fundos de pensão têm se adaptado: “Felizmente, vemos nos últimos anos um grande aumento da longevidade, ou seja, as pessoas estão vivendo mais. Além disso, a conjuntura econômica contribuiu fortemente para os resultados, não só em 2015, como nos últimos anos”.

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A associação reforça que apesar do déficit em 2015, a rentabilidade dos últimos 10 anos superou a meta atuarial, e que em comparação com outros países, nossa situação ainda é confortável. “O setor de fundos de pensão no Brasil hoje apresenta uma solvência em torno de 90%, semelhante a países como Canadá e Irlanda e maior que os Estados Unidos. Ou seja, temos dinheiro para honrar os compromissos”, explica o presidente.

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