Previ: José Maurício renuncia à presidência; ações do BB fecham em queda

Funcionário de carreira do banco, Coelho estava no cargo desde julho de 2018 e ocupou anteriormente a presidência da BB Seguridade

Lucas Bombana

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SÃO PAULO – A Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, informou nesta terça-feira a renúncia de seu presidente, José Maurício Pereira Coelho, com efeito a partir de 14 de junho. Funcionário de carreira do banco, Coelho estava no cargo desde julho de 2018 e ocupou anteriormente a presidência da BB Seguridade.

No comunicado divulgado em seu site, a Previ não diz quem vai assumir o lugar do executivo. Procurada, a entidade de previdência complementar informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não há um nome definido para o posto.

Com cerca de R$ 238 bilhões em investimentos e aproximadamente 200 mil participantes, a Previ é a maior fundação de previdência complementar do país e é responsável por administrar os recursos destinados a aposentadoria dos funcionários do Banco do Brasil.

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As ações da estatal (BBAS3), que já operavam em queda na sessão, intensificaram as perdas por volta das 16h, conforme as primeiras notícias a respeito da mudança no fundo de pensão foram publicadas na imprensa. No fim da sessão, os papéis encerraram com queda de 1,3%, negociados a R$ 32,44.

No acumulado de 2021, até o dia 24 de maio, as ações do BB têm desvalorização de 12,4%, contra os ganhos de 4,2% do Ibovespa no período, com o desempenho influenciado negativamente pelas discussões em torno da troca no comando do BB.

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No fim de março, o governo indicou o nome de Fausto Ribeiro para a presidência da instituição financeira, na esteira da renúncia apresentada pelo antecessor no cargo, André Brandão, após declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a intenção de mudar o comando do banco.

Mudanças em sequência

Na terça-feira passada (18), a Funcef, fundo de pensão da Caixa, já havia informado a decisão de trocar a presidência da entidade de previdência, ocupada desde 2016 por Renato Villela, além de renovar os quadros nas diretorias de investimentos e de participações.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a mudança teria sido motivada por insubordinação ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que desejaria ter mais poder sobre a alocação de recursos do fundo, um dos maiores do país, com patrimônio superior a R$ 80 bilhões.

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A Caixa negou que essa tenha sido a razão para as alterações no fundo, mas, nos bastidores, a recusa da Funcef em participar da oferta pública inicial de ações (IPO) da Caixa Seguridade, operação realizada no fim de abril, foi apontada como gota d’água para a troca de comando.