Prêmios dos títulos públicos recuam na última sessão do Tesouro Direto em 2020

Perspectiva de retomada da economia em 2021 com estímulos econômicos e imunização da população guia investidores nesta quarta-feira

Lucas Bombana

(Dihandra Pinheiro/GettyImages)

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SÃO PAULO – Os prêmios dos títulos públicos negociados pelo programa Tesouro Direto operam em queda na última sessão do ano, devido às perspectivas de retomada da economia em 2021 com os estímulos fiscais e monetários e as vacinas.

Entre os prefixados, o prêmio do papel com vencimento em 2023 era de 4,36% nesta tarde, contra 4,39% ontem, e de 6,29% no caso do título para 20226, ante 6,38% na sessão passada.

Já o papel indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 2,34%, ante 2,37% no fechamento anterior, enquanto o juro pago pelo Tesouro IPCA+2045 recuava de 3,41% para 3,38%.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quarta-feira (30):

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Fonte: Tesouro Direto

Cena global

No penúltimo dia de 2020, o radar dos investidores se volta para os novos estímulos econômicos aprovados nos Estados Unidos, bem como para o acordo comercial entre Reino Unido e União Europeia por conta do Brexit.
Nos Estados Unidos, legisladores continuam a manter diferenças em torno do pacote de estímulos à economia assinado no domingo por Donald Trump.

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O presidente republicano adiou por dias a assinatura, criticando pontos do pacote, e defendendo pagamentos diretos aos americanos no valor de US$ 2.000, superior aos US$ 600 previstos, que devem começar a ser distribuídos na quinta-feira (31) à noite.

Líderes democratas acolheram a proposta do pacote de US$ 2.000, que foi aprovada na Câmara, onde o partido tem maioria.

Mas, no Senado, onde o partido tem minoria, o líder democrata Chuck Schumer fez uma tentativa de levar a proposta a votação, que foi, no entanto, bloqueada pelo líder da maioria republicana, Mitch McConnell. O político vem atuando há meses contra um pacote de estímulos mais amplo. Na terça, o presidente Trump defendeu pagamentos maiores.

Também em destaque, os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assinaram nesta quarta o acordo comercial pós-Brexit com o Reino Unido, em cerimônia transmitida de maneira virtual. “É um acordo equilibrado e justo, que protege plenamente os interesses fundamentais da União Europeia e cria estabilidade e previsibilidade para cidadãos e empresas”, disse Michel durante o evento.

Ainda na região, reguladores britânicos aprovaram para uso emergencial a vacina que vem sendo desenvolvida em parceria entre a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca.

O imunizante é também uma das principais apostas do governo brasileiro para vacinar a população. No país, é testado pela Fiocruz, que afirmou na segunda-feira que pretende pedir o registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em janeiro.

Pandemia e vacinação no Brasil

No Brasil, que ainda está sem perspectiva iminente de vacinação, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse na terça-feira que o governo só assinará com a Pfizer após aprovação regulatória, ampliando o impasse com a farmacêutica para a compra do imunizante.

Na terça, a Anvisa anunciou alterações em exigências para a solicitação de uso emergencial de vacinas contra Covid-19. Até o momento, nenhum laboratório apresentou ao órgão pedido de uso emergencial ou de registro de imunizante contra a doença, apesar de a vacinação já ter se iniciado em mais de 40 países.

Na segunda, a farmacêutica Pfizer havia se queixado das exigências, afirmando, entre outros pontos, que o órgão regulador pede um recorte da fase de testes exclusivamente da população brasileira. Este ponto não foi alterado pela Anvisa.

O consórcio de veículos de imprensa que sistematiza dados sobre Covid coletados por secretarias estaduais de Saúde no Brasil divulgou, às 20h de terça (29), o avanço da pandemia em 24h no país. A média móvel de casos confirmados em 7 dias foi de 34.884, queda de 22% frente o período encerrado 14 dias antes. Em apenas um dia foram registrados 57.227 casos. A média móvel de mortes em 7 dias foi de 633.

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